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Futuros moradores visitam obras do Parque dos Caetés

Ela fez parte da comitiva composta por cerca de 120 famílias que visitaram as obras em andamento na manhã desta sexta-feira (30).

Secom Maceió

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“É um sonho” – sentenciou dona Antônia Alves do Santos com lágrimas nos olhos. Ela está no cadastro da Secretaria Municipal de Habitação Popular e Saneamento (SMHPS) e é uma das futuras moradoras do Residencial Parque dos Caetés, no Benedito Bentes. Ela fez parte da comitiva composta por cerca de 120 famílias que visitaram as obras em andamento na manhã desta sexta-feira (30).

Uma dessas famílias é a da ambulante dona Antônia, que não vê a hora de trocar a residência improvisada no prédio do antigo INSS pelo apartamento novo. Durante a visita, ela foi uma das primeiras a entrar no apartamento modelo. A reação de Antônia ao entrar no local emocionou quem acompanhou a cena. Surpresa ela percorrias os cômodos sem acreditar no que estava vendo.

“Eu achei uma maravilha. A gente vem lutando há muito tempo. É tudo o que eu sempre quis na vida. Venho até hoje lutando e sonhando. Já tentei comprar minha casa, mas nunca consegui. Tenho um filho especial e agora a gente vai poder morar com a família completa e feliz aqui”, relata a futura moradora.

Para dona Antônia, o difícil agora será controlar a ansiedade e esperar, mas com a visita ela teve a certeza de que a realização do sonho antigo agora está bem próxima. “Minha alegria é saber que a gente vai ter uma residência, um lugar fixo, com endereço. Agora a gente vai poder mandar e receber carta”.

A visita foi conduzida pelo secretário da SMHPS, Mac Lira Paes e acompanhada por Dinário Lemos, coordenador municipal de Defesa Civil (Comdec). “Nós acompanhamos a obra sistematicamente, mas hoje trazemos os futuros moradores para acompanhar o andamento dos trabalhos. Garantir moradia digna para essas pessoas é compromisso e queremos que eles saibam que a Prefeitura está trabalhando”, salientou Mac Lira.

Para o líder do Movimento Via do Trabalho, Marcos Antônio “Marron” – “É um dia marcante e de muita alegria e felicidade para o movimento e, principalmente para as famílias. A Prefeitura está fazendo a sua parte. Não é dar apenas um teto, é dar as condições para sobreviver. Desde a moradia até o lazer, segurança, transporte e uma área para comércio. Esse conjunto é muito importante para Maceió e para as famílias de baixa renda. Que sirva de exemplo para outros municípios de Alagoas e do Brasil”.

Estrutura

Ao todo 2.976 famílias serão beneficiadas e devem receber suas moradias até dezembro de 2015. O Parque dos Caetés terá ainda seis poços artesianos, sistemas de drenagem e de esgotamento, rede elétrica, 16 quadras poliesportivas, escola, creche, posto de saúde, sistema viário e uma novidade: uma área comercial, onde os moradores poderão instalar seus pontos de comércio. Todo o residencial está rodeado por uma área de preservação ambiental.

No apartamento modelo foi possível perceber como serão as futuras moradias. A engenheira gerente das obras explicou: “Cada apartamento tem 42 m² e terá dois quartos, cozinha, sala e área de serviço, todo revestido em piso cerâmico, será pintado com tinta texturada e complementado com louças, balcão e ferragens. O morador que vier, só precisa trazer a mudança, porque o apartamento em si já vem completo”, disse Inês Melo.

A acessibilidade também foi uma das preocupações. As instalações estão adaptadas para pessoas com deficiência, as portas têm vãos largos e o banheiro é amplo e planejado para comportar cadeirantes.

“A conclusão de uma obra com essa complexidade não se dá em menos de 24 meses, mas os trabalhos não param. Essas famílias estavam ansiosas para saber para onde elas irão e hoje nós viemos mostrar a casa onde eles irão morar num futuro bem próximo”, finalizou o secretário Mac Lira.

Concreto Celular

A engenheira explicou ainda que as unidades foram construídas com um método diferente da alvenaria convencional. O chamado concreto celular está entre as técnicas mais modernas e leves da construção civil. “Na prática, as casas terão isolamento acústico e térmico, já que o concreto celular dificulta a passagem do calor”, esclarece a engenheira Inês.