Segundo Carlos Casanova, reitor da universidade, os policiais usaram balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestavam pacificamente no exterior da universidade.
Balanço preliminar indica que mais de duas dezenas de pessoas ficaram feridas em confrontos ocorridos nessa sexta-feira (30) no estado venezuelano de Táchira, a sudoeste de Caracas, entre estudantes da Universidade Nacional Experimental e a Polícia Nacional Bolivariana.
Segundo Carlos Casanova, reitor da universidade, os policiais usaram balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestavam pacificamente no exterior da universidade. Vários estudantes construíram barricadas nas ruas da cidade de Maturín, a leste da capital.
Na sexta-feira, vários grupos de cidadãos decidiram protestar pela primeira vez pela falta de gás para cozinhar alimentos bloqueando a circulação de viaturas no estado de Arágua, também a oeste da capital.
Em Barquisimeto, estado de Lara, 370 quilômetros a sudoeste de Caracas, o protesto, também por falta de gás, foi feito pela comunidade de El Manzano.
Há mais de três meses há protestos diários na Venezuela devido à crise econômica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.
Alguns protestos terminaram em confrontos violentos, durante os quais morreram pelo menos 42 pessoas, incluindo dez policiais e militares. Mais de 870 pessoas ficaram feridas e 3.210 foram detidas, das quais 224 continuam presas.
Pelo menos dez policiais foram detidos e estão em curso 180 investigações por alegadas violações de direitos fundamentais dos manifestantes.