'Eles hoje representam um PMDB conservador', afirmou.
Pré-candidato à Presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) subiu o tom contra os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), em entrevista ao programa É notícia!, da Rede TV!, na madrugada desta segunda-feira (2). “Eles hoje representam um PMDB conservador”, afirmou.
“Eles estão com Dilma. Eles estão hoje conduzindo o PMDB de uma maneira que o grupo histórico do PMDB – Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, e tantos outros – não estão integrados a esse conjunto”, disparou o pernambucano, que também disse que a gestão da petista está reprovada.
Durante a entrevista, Campos também revelou que a primeira vez em que procurou Dilma para alertar sobre um possível rompimento do PSB foi no início de 2013, quando o PT concordou em dar ao PMDB o comando da Câmara e do Senado.
“Eu pensava que seria um erro ela dar ao PMDB o comando das duas Casas. Isso significava quase que uma entrega dela à política mais tradicional ou a velha política”, disse.
O socialista se esquivou, porém, de comentar sobre a presença de políticos tradicionais em sua base aliada, em Pernambuco, como o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP) e o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR). “Eles estão fora da política, já”, alegou.
SARNEY E COLLOR – Campos, que já havia declarado que colocará o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB) na oposição caso seja eleito, como informou em primeira-mão o Blog de Jamildo, criticou duramente também o senador Fernando Collor (PTB), deposto da Presidência em 1992.
“Quando você vê a Dilma em Brasília, num jantar, discutindo o futuro do Brasil com Fernando Collor e José Sarney, você não pode imaginar que as pessoas pensem que a vida delas vai melhorar”, afirmou.