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Com greve de metroviários, passageiros não conseguem chegar ao trabalho em SP

Linhas 1, 2 e 3 do Metrô circulam parcialmente desde as 6h30 desta quinta-feira.

Eduardo Enomoto/R7

Estação Itaquera teve confusão nesta manhã e portões quebrados

A greve dos metroviários, iniciada nesta quinta-feira (5), prejudica o cotidiano do paulistano nesta manhã. Com funcionamento parcial das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, os usuários encontram muita dificuldade para se deslocar na cidade e chegar ao trabalho.

Na estação Barra Funda, na zona oeste, somente a entrada para a CPTM estava liberada nesta manhã. Gilvan de Jesus Raimundo, 32 anos, metalúrgico, saiu de sua casa, na parada de Taipas, na zona norte, às 5h20 e chegou na estação às 6h. Raimundo pega três ônibus e metrô para chegar ao serviço, na região de Sapopemba. No entanto, nesta quinta-feira, ele não conseguirá trabalhar.

— Eu cheguei aqui às 6h e não tinha metrô. Eu dependo do metrô. Tentei pegar um ônibus e fui até a praça ramos, mas voltei. Estou voltando pra casa.

Larissa Alves dos Santos, 23 anos, encarregada de produção, também mora na zona norte, e precisa chegar em Belém, na zona leste. Larissa saiu de casa às 6h20 e deveria ter entrado no trabalho às 7h30. Ela pega dois ônibus e metrô para chegar, mas nesta quinta-feira terá que mudar o trajeto, seguindo recomenação da empresa em que trabalha.

— Meu chefe falou que é para pegar o trem, que está funcionando, até a estação São Bento e de lá tentar pegar táxi ou ônibus.

De acordo com Larissa, a empresa irá ressarcir os gastos extras com transporte.

Zona leste
Silvia Jesus Carlos, 40 anos, doméstica, também encontra dificuldades para chegar ao trabalho. Silvia chegou na estação Corinthians-Itaquera às 6h30 e precisa ir para Perdizes. Sem saber o que fazer para conseguir chegar ao seu destino, ela criticou políticos

— Isso que dá votar nesse pessoal

Helena Silva, 56 anos, telefonista, precisava chegar ao hospital Heliópolis, na zona sul. Ela chegou no Metrô Itaquera às 4h50 e não sabia da greve.

— Achava que já tivessem resolvido isso ontem.

Sem o Metrô, a alternativa para Helena é um ônibus que, segundo ela, demora, sem trânsito, 2h30 para fazer o trajeto. No entanto, nesta quinta-feira, São Paulo bateu, às 9h, o recorde de trânsito do ano no período da manhã.