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Congresso deixa de confirmar acordo e PF reavalia paralisação na Copa

Reajuste de 15,8% autorizado pelo Planalto para agentes, escrivães e papiloscopistas acabou não sendo confirmado ontem pelo Congresso.

Marcos Vieira/EM/D.A Press

Sindicalistas alertam: manifestações suspensas poderão ser retomadas

O governo acendeu o sinal de alerta: o risco de uma greve da Polícia Federal (PF) voltou ao radar, a apenas um dia da abertura da Copa do Mundo. Após horas de muita tensão na sessão conjunta do Congresso Nacional, o reajuste de 15,8% autorizado pelo Planalto para agentes, escrivães e papiloscopistas acabou não sendo confirmado ontem pelos parlamentares, devido à obstrução das votações promovida pela oposição. Com isso, os servidores vão avaliar, ao longo do dia de hoje, se retomam ou não o calendário de paralisações e protestos em todo o país, por tempo indeterminado.

Os sindicalistas tendem a dar um crédito à bancada governista, mas “esse empenho terá de ser avaliado pela categoria”, ressaltou Luiz Baldens, vice-presidente da Associação Nacional dos Policiais Federais (Ansef), ao Correio. A trégua havia sido obtida com o acerto de reajuste, que dependia da aprovação do Projeto de Lei 05/2014, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Ele ressaltou que o estado de greve é “anterior ao acordo”.

Ontem foi considerado um dia estratégico pelos agentes da PF e visto como a última oportunidade antes da Copa para reunirdeputados e senadores. A partir desta quarta-feira, todos retornarão a seus estados para torcer pelo Brasil. “Tínhamos garantido que não haveria manifestação ou paralisação, antes, durante ou depois da Copa, desde que o governo cumprisse a parte dele. O compromisso é mútuo. Além disso, não haveria porque recuar agora. Até por que o dinheiro está no Orçamento”, disse Jones Leal, presidente da Federação Nacional da categoria (Fenapef).