Senador mineiro vai concorrer pelo partido à Presidência da República. PSDB realizou convenção nacional em São Paulo neste sábado (14).
O PSDB confirmou, em convenção nacional do partido realizada neste sábado (14), o nome do senador Aécio Neves (MG) para concorrer pelo partido à Presidência da República nas eleições de outubro.
Os tucanos realizam convenção partidária neste sábado (14), em São Paulo. Apesar de confirmar o nome de Aécio, o partido ainda não definiu quem será o candidato a vice, o que deve ocorrer até o fim deste mês.
A legenda afirma que mais de cinco mil pessoas de todo o país participam do evento, que conta com a presença de tucanos como o senador Aloysio Nunes (SP), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO), Teotonio Vilela (AL) e Beto Richa (PR).
Aécio foi chamado para discursar no palanque ao som do hino nacional. No início de sua fala, ele lembrou do avô, Tancredo Neves, eleito presidente da República pelo colégio de líderes em 1984, mas que morreu antes de assumir.
Aécio também elogiou ações do PSDB durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Transformamos a realidade brasileira de forma permanente com o Plano Real. O Real recuperou a confiança do Brasil em si próprio […] Criamos os primeiros programas de transferência de renda e benefícios sociais, aquilo que se tornou depois o Bolsa Família", afirmou o agora candidato.
Ao criticar o governo do PT, Aécio argumentou que petistas tinham se colocado contra o Plano Real e contra a Lei de Responsabilidade Fiscal na época em que esses dois projetos foram aprovados.
"Nossos adversários mantiveram a coerência. Quem foi contra o Plano Real é quem hoje não controla a inflação. Quem foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal é quem hoje assina essa contabildade maldita", criticou Aécio.
O ex-presidente Fernando Henrique, em seu discurso na convenção, também fez críticas ao governo Dilma Rousseff e disse que "as vozes das ruas querem mudança".
"Elas [as vozes das ruas] cansaram de impunidade, de enganação, de mentira, de distanciamento do governo com o povo. O governo atual ficou distante , acusando quem não devia. Não dá mais, ninguém aguenta mais isso", afirmou o ex-presidente.
"Posso dizer, do alto dos meus 83 anos, que o Brasil precisa de um líder jovem", concluiu FHC.
O ex-governador José Serra, que foi o candidato do PSDB na última eleição presidencial, também fez discurso para apoiar o colega de partido. "Esse espírito de mudança, Aécio, que agora converge para a sua candidatura, é o desdobramento de uma longa jornada no Brasil".
Antes de Aécio ser escolhido pré-candidato, no início do ano, o nome de Serra era um dos cotados para concorrer pelo PSDB ao Palácio do Planalto. Ao final da convenção, Serra afirmou, como já vem fazendo nas últimas semanas, que não será vice na chapa de Aécio e que deve se candidatar para uma vaga no Senado ou na Câmara Federal.
Aliados
Entre os representantes de partidos aliados, foram à convenção o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) e o senador José Agripino Maia (DEM-RN), um dos cotados para ser vice. Outros nomes já mencionados para o cargo estão FHC, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e a ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie.
O deputado e líder sindicalista, Paulo Pereira da Silva, discursou na convenção reafirmou o apoio do Solidariedade à candidatura tucana e fez críticas ao governo Dilma.
"Nosso partido já declarou que apóia a candidatura [de Aécio]. Quero dizer que nós vamos enfrenta um governo que destrói a inflação nacional, que não cumpriu nenhuma das causas trabalhistas", afirmou