Membros do Conselho Estadual de Segurança (Conseg) decidiram pela criação de novos presídios, ampliação dos existentes e métodos para acelerar confecção de flagrantes.
A constante superlotação de presos da Central de Flagrantes, localizada no bairro do Farol, foi alvo de novo debate da reunião do Conselho Estadual de Segurança (Conseg), ocorrido na manhã desta terça-feira (17).
Para os integrantes do conselho, uma mudança a curto e longo prazos deve ser feita para evitar futuros princípios de tumultos como o ocorrido em maio deste ano. Na ocasião, cerca de 44 presos divididos em duas celas que possuem a capacidade máxima para 12 pessoas, ameaçaram se rebelar contra os agentes da Polícia Civil.
“A Central não tem trazido o resultado que nós esperávamos há bastante tempo. As guarnições demoram entre 2h e 3h para realizar um flagrante”, anuncia o presidente do Conseg, Maurício Brêda.
Entre as soluções o magistrado disse que já foi debatida a construção do Presídio do Agreste, em Craíbas, com 1080 vagas, além da autorização da construção de 200 vagas do presídio feminino Santa Luzia e ampliação do módulo 2 do Presídio Baldomero Cavalcanti, com 196 vagas. “Há também a possibilidade de viabilizar por meio da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social e do Gabinete Civil a construção de 100 a 110 vagas onde funciona o 5º Distrito Policial, ali no Tabuleiro dos Martins”, diz Brêda.
Para acelerar o procedimento de apreensão e confecção do Boletim de Ocorrência (B.O), o magistrado propõe a transformação dos postos policiais localizados na Orla de Maceió para que eles possam realizar o procedimento. “Um dos serviços que pode ser ofertado é a utilização do B.O Interativo por meio de um computador no local”, avalia Brêda.
Fora a construção de presídios e aceleração do processo na Central de Flagrantes, o Conselho deve cobrar ainda o funcionamento da delegacia em sua totalidade. “Vamos cobrar ainda que os seis cartórios de lá estejam funcionando. Quero os nomes dos agentes públicos que ali trabalham, pois quem faltar sofrerá punições”, garante Brêda.