O público mexicano divulga sua identidade cultural com orgulho em Fortaleza e atrai a simpatia dos brasileiros.
Um ônibus parou em frente ao Estádio Castelão, em Fortaleza, por volta das 12h, quatro horas antes do início de Brasil x México e uma multidão de homens vestidos de vermelho com anteninhas na cabeça e marretas em mãos desceram. Logo atrás, uma trupe de mulheres de vestido curto e pintinhas no rosto.
Era a caravana de chapolins e chiquinhas, personagens populares no Brasil e criados no México, vindos de Guadalajara para apoiar a seleção mexicana no Mundial.
"Somos 50 vestidos de Chapolin e 15 vestidas de Chilindrina", explicou em espanhol Andrés Garcia. "Como se diz Chilindrina aqui no Brasil mesmo? Chiquinha?"
O público mexicano divulga sua identidade cultural com orgulho em Fortaleza e atrai a simpatia dos brasileiros. Estima-se que 10 mil pessoas com ingresso tenham viajado do México para ver o Mundial.
Também se vê ao redor do Castelão pessoas vestidas com os tradicionais trapos de Chaves. Michel Pardo, da Cidade do México, trouxe até o barril onde o personagem costuma dormir no seriado e uma faixa pedindo ingresso do jogo para "El Chavo del Ocho."
Diferentemente do que aconteceu em São Paulo, na primeira partida da Copa do Mundo e da seleção brasileira, dia 12 de junho, contra a Croácia, em Fortaleza, torcedores sem entrada conseguem chegar até a porta do estádio.
Um grupo praticamente bloqueava a entrada da imprensa à arena cantando outro símbolo mexicano conhecido no Brasil, a música ‘Cielito Lindo’, aqui consagrado no refrão ‘ai, ai, ai, tá chegando a hora.’
Novidade foi a bebida distribuída por uma turma em um grande cantil prateado, arrancando caretas dos brasileiro. "Não é tequila, é mezcal, mais forte. Bebe que você vai trabalhar mais alegre e com a orelha quente."