Porém, as seleções possuem características próprias para ganharem uma sobrevida.
São Paulo – Uruguai e Inglaterra já sentiram o sabor de serem campeões do mundo. Mas são conquistas empoeiradas pelo tempo. Entre os países que já levantaram a Copa, ambos são o que estão mais tempo na fila. Os uruguaios, há 64 anos (desde 1950), e os ingleses, desde 1966 (48 anos). Após estrearem com derrotas para Costa Rica e Itália, respectivamente, as duas seleções se enfrentam hoje, às 16h, no Itaquerão, em um jogo fundamental. Afinal, um novo tropeço pode significar uma eliminação precoce.
Assim, os ingredientes que cercam a partida ganharam aspectos de decisão. Ontem, no treino de reconhecimento do gramado, a imprensa teve acesso apenas aos 15 minutos iniciais das atividades. Nada que revelasse a provável escalação das duas equipes. Antes da partida, uruguaios e ingleses optaram pelas mesmas armas: o segredo.
Porém, as seleções possuem características próprias para ganharem uma sobrevida. Pelo lado uruguaio, a esperança atende pelo nome de um atacante que os ingleses conhecem muito bem. Após realizar uma artroscopia no joelho esquerdo e ficar de fora da estreia na Copa, Luis Suárez, artilheiro da última Premier League, com 31 gols pelo Liverpool, tem retorno garantido. Mesmo que não na sua condição física ideal.
“Existe a possibilidade dele não ser o mesmo Suarez que terminou a Premier League. Mas, a pergunta é como ele pode ou não contribuir para com o time” afirmou o técnico Oscar Tabarez.
Já os ingleses voltam a confiar na dupla Gerrard e Rooney, ambos no seu terceiro Mundial. “Rooney, Steven e Lampard (opção no banco de reservas) são os três jogadores com mais experiência em copas. Não se pode esperar que os jogadores mais jovens suporte a pressão”, afirmou o técnico Roy Hodgson.