Evento em Brasília formalizará aliança com PMDB e Temer na vice.
O Partido dos Trabalhadores (PT) vai realizar neste sábado (21) sua convenção nacional para confirmar a presidente Dilma Rousseff na disputa pela reeleição e oficializar a aliança com o PMDB, que terá Michel Temer como candidato a vice-presidente na chapa.
Dilma estará acompanhada do seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles deverão discursar na abertura da convenção, que servirá apenas para referendar a candidatura da presidente, já que o nome de Dilma já havia sido aclamado previamente pelos dirigentes da legenda.
O evento, organizado pelo PT e pela equipe da pré-campanha de Dilma, é coordenado pelo marqueteiro João Santana. Na ocasião, será conhecido o slogan da candidata que será veiculado durante sua campanha.
Além de Dilma e Lula, vão discursar o presidente do PT, Rui Falcão, e o pré-candidato à vice-presidente, Michel Temer. A reedição da chapa entre Dilma e Temer foi aprovada durante convenção do PMDB no último dia 10, numa votação em que 59,13% dos dirigentes votaram a favor e 40,87% contra a aliança com o PT.
A abertura da Convenção Nacional do PT será às 10h, com presença prevista da presidente às 11h. Presidentes de partidos aliados, como Valdir Raupp (PMDB) e Gilberto Kassab (PSD) também participarão, além de ministros, parlamentares e militantes petistas.
Nesta sexta-feira (20), a assessoria de imprensa do PT divulgou o texto do discurso que deverá ser lido pelo presidente do partido, Rui Falcão, durante o evento. Nele, o dirigente reitera o discurso já utilizado pelo partido de que é preciso "vencer o medo com a esperança". O partido, continua Falcão, não vai permitir retrocessos "nem a volta de um passado de recessão, arrocho e desemprego".
O dirigente ainda deverá falar sobre os xingamentos contra Dilma no estádio Itaquerão durante abertura da Copa do Mundo, na semana passada.
Os xingamentos, segundo o petista, "infelizmente, tiveram guarida entre adversários, que sonharam tirar proveito eleitoral da falta de educação de uma certa elite". "O tiro saiu pela culatra. Nossa presidenta foi cercada, sim, pela solidariedade unânime dos que condenam a violência, a vilania, as proclamações de ódio", deverá discursar Falcão, segundo divulgado pela assessoria.
O PT deverá contar com apoio de ao menos oito partidos no plano nacional: PCdoB, PDT, PP, PROS, PR, PSD e PRB (o PR fará convenção neste sábado para oficializar o apoio).
Adversário de Dilma na disputa eleitoral de outubro, o ex-governador Eduardo Campos, do PSB, ainda aguarda convenção nacional do partido para ser oficializado como candidato ao lado de Marina Silva, que será candidata a vice-presidente. O evento está marcado para o próximo sábado (28), em Brasília, segundo assessoria do PSB.
Já o tucano Aécio Neves foi aclamado candidato pelo PSDB durante convenção nacional no último dia 14, com apoio de lideranças do DEM e do Solidariedade.
O partido, porém, ainda não definiu quem será o candidato à vice-presidente, o que deverá ocorrer em 30 de junho, segundo informou Neves. Entre os nomes cogitados no meio político para o posto, está o do ex-senador Tasso Jereissati (CE), o do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), e o da ex-ministra do STF Ellen Gracie.
Neste sábado, além do PT, outros três partidos fazem convenção nacional. Em São Paulo, o Solidariedade – que já confirmou apoio a Neves – se reúne pela manhã. Já o Partido Comunista Brasileiro (PCB) lançará a candidatura de Mauro Iasi pela disputa ao Planalto.
Em Brasília, o Partido da República (PR) faz convenção às 15h. O PT conta com o partido para a aliança em torno da candidatura de Dilma Rousseff, mas o senador Magno Malta (PR-ES) briga no PR para tentar lançar sua candidatura à Presidência.