Jonatas é considerado foragido.
O assassinato cometido por Jonatas Barbosa de Souza, 29, que matou a tiros o jovem Flávio José dos Santos, 19, na madrugada do último domingo (22), no bar QG de Arapiraca, não foi surpresa para o pai dele, o sargento Barbosa, que quer ver o filho preso, atrás das grades, para pagar pelo que fez e pede para que quem tiver notícias de Jonatas, ligar para o disque denúncia.
Com lágrimas nos olhos, o sargento Barbosa conversou com a reportagem do portal 7 Segundos na tarde desta quarta-feira (25), na base da Força Nacional, no Brisa do Lago, onde prestou depoimento. Antes de entrar na sala do delegado para ser ouvido, o sargento, que esteve na ativa durante 32 anos, recebeu alguns telefonemas de colegas de farda, prestando solidariedade.
“O Jonatas é filho único e se envolveu com drogas aos 19 anos. De lá para cá, só deu trabalho a mim e a mãe dele, que hoje está destruída. Sempre disse a ela que nosso filho mataria alguém ou chegaria morto em casa. Para mim, infelizmente, não é novidade alguma ele ter feito (assassinado um homem). Agora, eu sou o primeiro a querer vê-lo preso e peço a quem tiver qualquer informação sobre onde o Jonatas está, que ligue para o disque denúncia. Ele tem que pagar pelo que fez. Eu fui policial durante mais de 30 anos e só fiz amizade”, declarou o sargento.
Benção – O pai do "Assassino do QG", como ficou conhecido Jonatas, afirma que não manteve contato com filho depois do crime cometido no último domingo (22). A última vez que falou com Jonatas foi no sábado (24), ainda em casa.
“Eu estava em casa, sozinho, porque minha esposa foi para uma festa junina da família. O Jonatas saiu e, antes de ir, me pediu a benção, e foi embora. Inclusive, me pedia a benção porque eu às vezes cobrava. E eu soube do crime porque meus dois irmãos tiveram a informação e foram à minha casa me informar. É muito duro saber que um filho nosso se perdeu e tirou a vida de outra pessoa””, afirmou o sargento.
Outros crimes
Segundo o próprio sargento Barbosa, essa não foi a primeira vez que o filho comete um crime. Para o pai do Assassino do QG, Jonatas responde por porte ilegal de arma e problemas com drogas. Para a polícia, Jonatas pode estar envolvido em outros homicídios.
“Ele foi preso por porte ilegal e ficou detido por nove meses por envolvimento com drogas. Se matou outras pessoas, eu nunca soube disso”, afirmou.
Fugiu ao flagrante
Na Base da Força Nacional, agentes da polícia afirmaram que quando Jonatas se apresentar, será ouvido e, como ainda não há prisão preventiva decretada, o Assassino do QG será solto e responderá, até outra determinação da Justiça, em liberdade, porque não há mais flagrante do crime.
Discussão
Conforme o relato de um dos seguranças do QG à polícia, Jonatas matou Flávio por motivo banal. “Pelo que foi ouvido do segurança do bar, o autor e a vítima discutiram minutos antes porque estavam bêbados. Os seguranças separam os dois e a confusão acabou. O problema é que, segundo o que ouvimos, o Flávio teria mexido com uma mulher casada e outro barulho aconteceu no bar. Foi nesse momento, sem ter nada a ver com a história, o Jonatas entrou na briga e atirou no Flávio. Matou por um motivo banal, como acontece muito por aqui”, declarou um agente da Força Nacional.