Programa oferece bolsas de estudo para estudantes brasileiros no exterior. Primeira etapa da iniciativa federal concedeu 83 mil bolsas de estudo.
Dilma posou para selfies com bolsistas do Ciência sem Fronteiras durante solenidade no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (25), durante a cerimônia de lançamento da segunda etapa do programa Ciência sem Fronteiras, que o governo federal irá oferecer 100 mil novas bolsas de estudo no exterior para estudantes brasileiros. O chamado “Ciência sem Fronteiras 2.0” entrará em vigor a partir de 2015. A primeira etapa do programa concedeu bolsas a 83 mil estudantes.
“Definimos nova fase do Ciência sem Fronteiras. Mais 100 mil bolsas para todos os jovens brasileiros que passarem e se classificarem a partir do processo de seleção”, informou Dilma na solenidade realizada no Palácio do Planalto.
A presidente destacou ainda que o programa, que tem foco nas ciências exatas, sobretudo em cursos de engenharia, ajudará o país a se desenvolver tecnologicamente.
“Esse é um programa feito para garantir ao Brasil condições de gerar aqui inovação, aumentar o interesse pelas ciências exatas e a aplicação de tecnologia em todas as áreas”, complementou a chefe do Executivo.
A presidente destacou durante seu discurso que a experiência em faculdades de outros países dá aos estudantes “novas perspectivas”. “Essas bolsas têm papel importante para os estudantes de graduação. Mostram os processos mais avançados existentes no mundo no que se refere ao estudo”, ponderou.
Dilma ressaltou que as bolsas são concedidas conforme a nota obtida pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (nota igual ou superior a 600 pontos) e o rendimento acadêmico na universidade no Brasil.
“Ao Ciência sem Fronteira não importa a origem ou classe social da pessoa. Se ela se esforçou, pode participar do Ciência sem Fronteira. Para fazer jus ao programa, há um critério meritocrático”, destacou a presidente.
Meta ‘arrojada’
O ministro de Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, afirmou a jornalistas após o lançamento da segunda etapa do Ciência sem Fronteiras que a meta de 100 mil bolsas de estudo para o exterior é "arrojada". Campolina garantiu que a meta deverá ser cumprida e foi tomada com base na primeira etapa da iniciativa federal.
"Eu acho que 100 mil bolsas por ano é um bom tamanho. Acho que [o programa] está funcionando muito bem e, inclusive, o comprometimento da juventude estudantil foi muito positivo. Cem mil bolsas é uma meta arrojada, uma meta muito grande e que está sendo cumprida. É uma meta muito grande", enfatizou.
‘Pronatec 2.0’
Na última semana, o governo também anunciou a criação de 12 milhões de vagas para a segunda etapa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a partir de 2015. Ao todo, somadas as vagas da primeira e segunda fases, serão 20 milhões de matrículas.
Durante a cerimônia, no Palácio do Planalto, Dilma defendeu o Pronatec como forma de inclusão social, uma vez que garante ao aluno se qualificar e procurar trabalhos que lhe garantam aumento na renda.