São Paulo – A Argentina decidirá a sua sorte na Copa do Mundo nesta terça-feira, contra a Suíça, no Itaquerão, casa do Corinthians, que em 2005 criou um laço afetivo com os hermanos. Tudo graças ao título brasileiro obtido sob a regência do atacante Carlitos Tevez e do volante Javier Mascherano. Esse último, presente no elenco que disputa o Mundial. Gratidão que se mantém até hoje por parte de alguns corintianos. Como é o caso de dona Valquíria Dionízio, de 70 anos, que deixou o que tinha para fazer nesta segunda para se encontrar com os argentinos que foram ao estádio apoiar a seleção antes do treino de reconhecimento do gramado.
Devidamente vestida com uma camisa do clube do coração, dona Valquíria não se intimidava em pedir fotos com cada grupo de argentinos que passava em sua frente. “Tevez e Mascherano são lembrados até hoje no Corinthians. Eles nos deram muitas alegrias. Pena que o Tevez não veio. Mas o Mascherano será muito bem recebido em nossa casa”, disse, orgulhosa a torcedora, que não escondeu a torcida pelos hermanos.
“Amanhã sou Argentina. Quero que eles voltem aqui nas semifinais. Mas em uma final contra o Brasil, o coração brasileiro vai falar mais alto. Afinal, é a minha terra. O meu país. Sou corintiana e brasileira com orgulho”, completou dona Valquíria, que no entanto, não estará no estádio amanhã. Assim como muitos argentinos que estão chegando em São Paulo. Nesta segunda, além de incentivar a seleção antes do treino, muitos foram ao Itaquerão na esperança de conseguir alguma entrada.
“Vamos ficar o dia todo aqui para ver se aparece. Se não for, possível, vamos ter que ver o jogo na Fan Fest. Muitos argentinos também estão sem ingressos”, alertou Gabriel Esen, que foi ao Itaquerão com a camisa do Boca Juniors e que após o encontro com dona Valquíria, ganhou um time para torcer também no Brasil. “Assim como o Boca, o Corinthians é um time de torcida popular. Vai Corinthians!”, disse o torcedor. Se sentindo, literalmente, em casa.