Trabalhadores alegam ser vítimas de "arrastões" durante o processo de fiscalização.
Cerca de 100 taxistas que participavam da aferição do taxímetro na manhã desta terça-feira (1º), no Dique Estrada, no Vergel, reclamaram da insegurança durante a espera pelo procedimento que verifica a legalidade do veículo.
Em entrevista ao Alagoas 24 horas , os trabalhadores alertaram para a ausência de viaturas da polícia no local, que deixa um clima de medo e facilita a ação de bandidos. “Nós pedimos o apoio da polícia porque já houve casos de arrastões aqui e não podemos fazer nada por estar esperando a aferição”, informa o taxista Carlos Alexandre.
Durante o procedimento, cerca de dez fiscais realizavam o trabalho. Segundo o coordenador das atividades, Juarez Monteiro, a fiscalização é realizada todo ano, sendo quatro vezes ao mês dependendo da final da placa do veículo. Para ele, a solicitação dos taxistas é um “exagero”. “São aproximadamente 200 carros aferidos por dia, eu trabalho há 40 anos com isso e acho exagero, já que são vários veículos juntos e isso coíbe a ação de qualquer bandido”, diz o coordenador.
Mesmo com a negativa do fiscal, outro taxista, Erivaldo Batista, afirma ter presenciado alguns “arrastões”. “Aqui a gente vem ‘liso’ para cá, sem dinheiro mesmo, e mesmo assim somos assaltados. O problema é que companheiros meus já foram vítimas de assaltos, até o próprio fiscal já foi roubado em uma oportunidade e nunca vemos nenhuma viatura passar por aqui”, diz.
De acordo com o 1º Batalhão de Polícia Militar (1ºBPM), que funciona próximo ao local, uma viatura sempre realiza ronda na região.
O Dique Estrada é alvo também de autoescolas que utilizam a orla lagunar por conta do baixo fluxo de veículos. Eles realizam treinamento de novos condutores no local.