Seis brasileiros - Bruno, Raphael, Vissotto, Sidão, Murilo e Lipe - já jogaram no país onde disputam as partidas desta semana.
Na semana de preparação para os dois últimos jogos pela fase classificatória da Liga Mundial, a seleção brasileira masculina de vôlei tem um ponto positivo: conhece bem o adversário. Afinal, dos 12 jogadores que ficam à disposição do técnico Bernardinho nas partidas, seis já jogaram na Itália. O levantador Raphael, o oposto Leandro Vissotto, os ponteiros Murilo e Lipe e o central Sidão já passaram pelas quadras italianas, enquanto o levantador Bruninho joga atualmente na casa do adversário desta semana.
Os jogos entre brasileiros e italianos serão na quinta-feira (03.06), m Bolonha, e no domingo (06.06), em Milão, e, mesmo conhecendo bem o adversário e cientes das dificuldades que enfrentarão, os jogadores da equipe verde e amarela demonstram confiança. O mais experiente no assunto, depois de sete anos na Itália, Raphael está otimista.
"Se fizermos uma comparação de quando começamos na Liga Mundial, estamos muito na frente. Ainda temos o que melhorar, mas já evoluímos bastante. Estamos fazendo ótimos treinos nos últimos períodos e isso é muito importante. Sabemos que a Itália está em um momento muito bom e sem responsabilidade nenhuma, o que é algo positivo para eles, no momento. Respeitamos o time deles, mas a nossa preocupação é maior com a nossa própria equipe", disse Raphael, lembrando que a Itália já está garantida na Fase Final por ser sede.
Voltar à Itália depois de uma temporada na Turquia está sendo motivo de satisfação para Raphael. O carinho pelas pessoas e pelo país é grande, mas, quando entrar em quadra, na quinta-feira, o levantador só pensa na vitória.
"O voleibol na Itália é algo muito prazeroso. Eles amam o esporte e há uma cultura muito forte do vôlei. Acho que isso faz com que a gente se sinta ainda mais motivado. Acredito que esses dois jogos serão muito positivos em vários aspectos para o nosso grupo, que vai com tudo buscar essas vitórias, e não vejo a hora de voltar a entrar em quadra aqui na Itália. A torcida deles ajuda, sabe muito do esporte e acompanha. Além disso, é acostumada com os estrangeiros e conhece todos os brasileiros que estão aqui. Sem dúvida, a torcida vai dar força para eles, mas, acima disso, vai curtir o espetáculo", explicou Raphael.
Para Vissotto, o crescimento da seleção durante a Liga Mundial aponta que os próximos confrontos têm tudo para ser favoráveis ao seu time.
"Nosso time cresceu muito no último mês. Começamos a Liga jogando em um padrão bem abaixo do nosso normal, mas temos evoluído, crescido nos treinamentos e estou confiante de que vamos fazer boas partidas contra a Itália. Acho que vamos conseguir essas vitórias e a classificação", afirmou Leandro Vissotto, que jogou de 2006 a 2010 na Itália e, depois, novamente, na temporada 11/12.
Desde que saíram do Brasil, após as três primeiras semanas da Liga Mundial em casa, a seleção verde e amarela sofreu pressão da torcida adversária.
"No Irã vi algo como nunca tinha visto na minha carreira. Uma torcida enorme e que fazia muito barulho. Nós jogamos bem sob essa pressão, dois jogos duros, uma vitória e uma derrota. Na Polônia, eles já são conhecidos pela festa que fazem no ginásio. E aqui na Itália, sabemos que as pessoas torcem, mas não é como nesses outros países. Além disso, pela bagagem que a nossa equipe tem, acredito que isso não vá influenciar no resultado", disse Vissotto.
O oposto do Brasil deseja ver o desenvolvimento do time em quadra, nas partidas contra os donos da casa.
"Nossa preocupação, agora, é botar o nosso ritmo de jogo em alto nível, já que a Itália está jogando muito bem. Nós temos que estar da mesma forma, sacando bem, passando e com a virada de bola com fluidez. Se conseguirmos executar isso da forma como temos potencial de fazer, temos grandes chances de sair com as vitórias", concluiu Leandro Vissotto.