Secretário-geral da Fifa diz que irá acompanhar os últimos jogos do torneio tranquilo como um torcedor e com o sentimento que todo ocorreu certo
Se antes da Copa Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, mostrou preocupação com a Copa do Mundo do Brasil devido ao atraso das obras, com o torneio perto do final ele fez questão de elogiar a competição. Em entrevista ao programa "Seleção SporTV", o dirigente destacou o a qualidade técnica dos jogos e acredita que o país irá cumprir com todos os requisitos para organização da competição.
– Acho que, sem dúvida, é a melhor Copa do Mundo quando se fala em futebol. Desde a primeira fase, temos o maior número de gols de 1982. Temos muitas surpresas, como a Costa Rica. É uma fantástica Copa do Mundo. Mas o que estamos vendo nas ruas, nas cidades onde estão acontecendo os jogos é o que todo mundo esperava do Brasil. Nós chegamos ao país do futebol, onde o futebol é uma religião. Esperamos algo singular, que vamos lembrar para sempre. Acho que o Brasil está no caminho para entregar tudo o que nós esperávamos.
Valcke não acredita que os últimos oito jogos da Copa do Mundo terão problemas na sua organização e garante que irá assistir às partidas tranquilamente, e como um torcedor. O dirigente lembrou que é francês e que estará na torcida contra a Alemanha, sexta-feira, no Maracanã, no duelo que vale uma vaga na semifinal.
– Acho que os próximos jogos são apenas por prazer para curtir o alto nível do futebol, com Alemanha e França, um jogo que faz lembrar o passado. Eu, como francês, espero que seja diferente de 1982. Não acho que devemos falar sobre problemas potenciais. É hora de curtir o melhor do futebol e olhar quais os times que chegarão na semifinal e final. Acho que fora do campo tivemos alguns pequenos problemas dentro dos estádios. Muitas coisas precisavam ser finalizadas, mas assim que chegamos e começaram os jogos não tivemos problemas. Superamos aquilo que esperávamos. Tenho curtido a Copa do Mundo e não estou estressado. Acho que já vi 15 jogos viajando pelo Brasil e vou ver os próximos jogos para ter certeza que posso ficar feliz, assim como todos também deverão ficar.
Jérôme Valcke ainda afirmou que os estádios em cidades sem grandes clubes não necessariamente se transformarão em elefantes brancos. Usando Brasília e Manaus como exemplo, o dirigente afirmou que algumas sedes já têm benefícios relacionados à Copa do Mundo.
– Depende do tamanho do país, o Brasil é um país enorme. O prefeito de Manaus e o governador do Amazonas estão impressionados. Podem existir voos entre Madri e Manaus, diretos. Isso significa que Manaus ganhou com a Copa do Mundo, o turismo vai crescer. O mais importante é usar o estádio, não deixar que ele fique vazio. Mas, quando eu vejo Brasília, e as críticas que foram feitas. A quantidade de eventos feita entre a Copa das Confederações e a Copa do Mundo foi muito boa. Mesmo que o estádio não pertença a um clube, pode ser usado, com apoio da CBF e da iniciativa privada. A CBF pode garantir que a seleção não jogue só no Rio ou em São Paulo, mas também em Brasília e Manaus. O futebol brasileiro agora será jogado em estruturas do mais alto nível. Isso vai ajudar o futebol brasileiro, que está entre os seis melhores do mundo, seja ainda melhor.