Crianças dançam quadrilha em arraial.
A Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) divulgou, nesta quinta-feira (03), no Diário Oficial do Município (DOM), a lista dos três melhores Arraiais dos Bairros de Maceió. A seleção foi feita por uma comissão julgadora, que durante o mês de junho, percorreu e avaliou todos os 51 arraiais realizados com apoio da Prefeitura de Maceió, por meio da FMAC.
O título de melhor festa junina de Maceió ficou com o Arraial Pau de Arara, realizado pela comunidade da Ponta Grossa na Rua Djalma Costa, nas proximidades da Praça Padre Cícero. Além do título de 1º lugar, o Arraial leva um prêmio de R$ 20 mil. O segundo lugar ficou com o já tradicional Arraial Matuto na Casa Grande, do Conjunto José da Silva Peixoto, no Jacintinho. Eles levam um prêmio de R$ 15 mil. Já o terceiro lugar foi para o Arraial Flor do Campo, também do bairro Ponta Grossa. Este último classificado leva um prêmio de R$ 10 mil.
A Comissão Julgadora integrada por três membros de notório saber cultural foi instituída pela Presidência da FMAC para visitar, avaliar e selecionar os três melhores arraiais da cidade. Os critérios para escolha dos vencedores foram pré-estabelecidos no Edital lançado em abril. Foram eles: ambientação, atrações artísticas apresentadas, animação, participação da comunidade e presença destacada de elementos que compõem as tradições juninas.
Segundo relatos da Comissão, muitos arraiais chamaram a atenção, seja pela animação e participação da comunidade, seja pelo esforço em manter e difundir elementos tradicionais das festas juninas. Todavia, ainda segundo os relatórios, os três vencedores se destacaram na organização das festas e conseguiram envolver a comunidade de tal forma que os arraiais realmente viraram pontos de encontro de todos, da produção até a execução final.
Os melhores
No Arraial Pau de Arara, o grande vencedor, a recepção dos visitantes era feita por um personagem rural tipicamente alagoano, o Seu Barnabé. A partir do encontro com ele, os convidados adentravam o sítio da festa passando pelo universo do futebol, onde uma grande bola cheia de luzes apontava para o clima de Copa do Mundo que toma o País. Seguindo o percurso não faltaram elementos e personagens que caracterizassem o arraial nordestino.
E foi assim, com barraca do beijo, vila cenográfica, casa de farinha em pleno funcionamento, curral, animais, e até velório com carpideiras e coveiro a postos, que o Arraial Pau de Arara transformou a Ponta Grossa em um verdadeiro teatro a céu aberto, onde a própria comunidade produziu, ensaiou, atuou e dirigiu a ação rumo ao maior título do São João de Maceió.
O Arraial Matuto na Casa Grande, que no ano passado ficou com o primeiro lugar, este ano voltou a encantar o público em geral. Conforme relato da Comissão, a cenografia estava ainda mais caprichada, os elementos tradicionais firmes e a comunidade muito animada.
No Arraial Flor do Campo chamou a atenção a recepção calorosa feita por uma simpática ‘Nega Maluca’, uma saudosa queima de fogos e o infalível trio de forró pé de serra. A diversidade foi garantida pela presença ilustre de dois animados transformistas.
“O grande diferencial do arraial que ficou em primeiro lugar foi a forma como envolveu, de fato, a comunidade em geral na realização da festa. Era muita gente encenando o que fez o cenário vivo para os visitantes”, aponta o presidente da Comissão, Ivan Barsand.
