“A gente vai querendo fazer tudo, vai correndo, correndo, e não se dá conta da própria vida. Com as dificuldades, a gente vai largando da gente”, admite. Mas três paradas forçadas obrigaram-na a rever suas prioridades.
O desafio de conciliar afazeres domésticos, maternidade e carreira, fizeram com que Andréa Renzi Costa abandonasse os exercícios, descuidasse do próprio corpo e, com isso, chegasse aos 83 quilos aos 41 anos de idade. “A gente vai querendo fazer tudo, vai correndo, correndo, e não se dá conta da própria vida. Com as dificuldades, a gente vai largando da gente”, admite. Mas três paradas forçadas obrigaram-na a rever suas prioridades.
No final de 2011, ela teve um problema sério no joelho, que resultou em dias de repouso, muito medicamento e fisioterapia. Cerca de seis meses mais tarde, novo período de repouso, com remédios e fisioterapia, desta vez por causa de uma inflamação no quadril. Mas o ápice ocorreu quando, ao espirrar, Andréa teve uma distensão muscular na face. “O médico disse que eu tinha uma musculatura de idosa, flácida. (…) Esse ficar de repouso foi um parar para pensar. Ao me ver naquela situação, vi que não quero isso para mim. Tenho 42 anos, ainda tenho muito o que viver. Não quero essa mãe largada na cama”, reflete.
Por ordens médicas, a diretora de uma escola em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, se viu obrigada a praticar uma atividade física. Depois de analisar algumas modalidades, ela se decidiu pela dança. “O foco era fazer a atividade física por causa da questão muscular, não pelo peso. Até então, eu achava que o peso não estava me incomodando. Mas quando me olhei naquele espelho, vi o quanto estava enorme. Eu brincava que o que tinha que estar duro, estava mole, e o que tinha que estar mole, estava duro”, diz.
Andréa pesquisou alternativas de cardápio, dieta e receitas na internet e, com isso, a alimentação mudou para todos da sua casa – marido e duas filhas, de 19 e 10 anos, incluídos. “Entrou muito mais fruta, muito mais verdura, saiu muito mais gordura. Óleo, a gente gastava 3 ou 4 litros por mês. Hoje, 1 litro de óleo dura 3 meses. Optei pela farinha integral, açúcar orgânico ou demerara. Hoje faço macarrão, mas coloco brócolis, milho. Faço bolinho de carne, daí entra aveia, cenoura”, relata.
Outro fator que foi essencial neste processo foi que, mais ou menos no mesmo período em que Andréa começou a fazer as mudanças, duas amigas do trabalho – Juliana e Teresa – também começaram a fazer dieta. “A gente começou em separado, cada uma no seu momento. Mas daí a gente se reuniu na conversa e no apoio. Quando uma estava desanimada, a outra animava, uma chegava com uma receita que havia testada e dado certo. Nós nos vigiamos”, diz. Andréa emagreceu 20 quilos em cerca de sete meses e vem mantendo o peso equilibrado há mais seis meses. Juliana eliminou 27 quilos e Teresa perdeu outros 20.
O emagrecimento também ajudou Andréa a “rejuvenescer”. “Foi uma descoberta de tudo, de reforçar a autoestima. Eu retomei minha vida. Eliminei 20 quilos físicos e espirituais, e recuperei 10 anos.”