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Após vexame na reta final da Copa, Felipão deixa comando da seleção brasileira

A decisão será anunciada nesta segunda-feira por Luiz Felipe Scolari e pelo presidente da CBF José Maria Marin.

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Felipão no banco de reservas ao lado do auxiliar Flávio Murtosa

O técnico Luiz Felipe Scolari não é mais técnico da seleção brasileira de futebol, segundo informações divulgadas pela TV Globo no final da noite deste domingo. Ainda de acordo com a emissora, outros membros da comissão técnica deixam o cargo: coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, o auxiliar técnico Flávio Murtosa, o preparador de goleiros Carlos Pracidelli e o preparador físico Anselmo Sbragia.

A decisão deve ser anunciada nesta segunda-feira (14) por Luiz Felipe Scolari e pelo presidente da CBF José Maria Marin.

Contactada pela Reuters após a notícia divulgada pela Globo, a CBF não confirmou a saída de Scolari.

O assessor de imprensa pessoal de Felipão, Acaz Fellegger, informou que o treinador não havia recebido qualquer aviso da CBF sobre a decisão. Segundo ele, Felipão passou o domingo em casa, onde assistiu à final da Copa do Mundo e aguarda um contato da confederação para agendar a entrega do relatório da comissão técnica sobre a participação do Brasil na Copa do Mundo.

A seleção brasileira terminou a Copa do Mundo com três vitórias, dois empates e duas derrotas. Em sete partidas, foram 11 gols marcados e 14 sofridos.

Em sua segunda passagem pela Seleção, Felipão acumulou um retrospecto de 55 jogos, com 38 vitórias, oito empates e oito derrotas.

Antes da demissão, Felipão por vários momentos defendeu seu trabalho no comando da seleção brasileira e viu bons momentos na campanha – o time não disputava a semifinal desde 2002 – e lamentou os momentos de pane na derrota por 7 a 1 diante da Alemanha.

"Não tivemos grandes atuações durante a competição, mas vivemos momentos muito bons em alguns jogos. De qualquer forma, os objetivos estavam sendo alcançados. Tivemos aqueles seis minutos de apagão contra a Alemanha e sabemos disso", declarou.

Também dispensado, Parreira, chegou a dizer antes da Copa, que o Brasil “estava com uma mão na taça”. “A visão é a mesma. Positiva. Otimista de quem tem a cultura do pentacampeão. Nunca vi líder, comandante dizendo que vamos para a guerra e vamos perdê-la. Era uma obrigação nossa ser otimista, positivo e acreditar no nosso trabalho e na qualidade de nosso jogadores”, justificou-se Parreira, quando da eliminação frente a Alemanha.

Em seguida, o Brasil perdeu para a Holanda por 3 a 0 na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo, no jogo que acabou encerrando o segundo ciclo de Scolari na seleção.