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Julgamento leva ao banco dos réus acusados de integrar grupo de extermínio

O julgamento deve ser concluído no decorrer do dia.

Alagoas24horas

Juiz Geraldo Amorim passa orientações

A briga pela supremacia das ações criminosas na localidade conhecida como Morro dos Macacos, na região de Pescaria e Saúde, é o cenário do julgamento que acontece na manhã desta segunda-feira, dia 14, no Fórum do Barro Duro. Charly dos Santos Muniz e Walterlito José Rodrigues dos Santos são acusado de integrar um grupo de extermínio comandado por um policial militar e de matar a tiros Cristiano Lopes da Silva, de 22 anos, crime ocorrido em 12 de julho de 2009.

O júri é comandado pelo juiz Geraldo Amorim. Cristiano Lopes da Silva era ex-presidiário e teria envolvimento com o tráfico de drogas, segundo relato de policiais militares. Conhecido como Tatu, a vítima foi executada quando estava sentado em uma calçada em frente a uma lan house. À época, vários crimes foram registrados na região, envolvendo acusados em crimes, o que levou a polícia a afirmar a existência de um grupo de extermínio.

Apontado como líder do grupo, o cabo da Polícia Militar Luciano Muniz da Silva se matou no dia 17 de junho, após matar a ex-mulher, Rosileide da Silva Lima, 33, na cidade de Messias. Cabo Muniz estava lotado no 8º BPM.

Em entrevista ao Alagoas 24 horas, a promotora Martha Bueno, responsável pela acusação, disse que o Ministério Público possui provas contundentes contra os acusados, além de duas testemunhas oculares. A promotora afirmou, ainda, que Charly dos Santos Muniz é filho do policial Muniz, condenado em julgamento anterior.

Já o defensor público Ryldson Martins Ferreira atestou contradições nas provas e fragilidade nos autos. Ele apontou, ainda, excessos do Ministério Público, uma vez que no inquérito policial não seria possível atestar a responsabilidade dos seus clientes com o homicídio.

O julgamento deve ser concluído no decorrer do dia.