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Conselheiro tutelar reitera ocorrência de ato libidinoso contra crianças

Conselheiro tutelar reitera ocorrência de ato libidinoso contra crianças.

O conselheiro tutelar Fernando Silva, que atua na região do Tabuleiro do Martins e denunciou o caso das quatro irmãs supostamente alugadas para uma rede de prostituição, reagiu as declarações da delegada de Itaporanga D`Ajuda (SE), Mariana Amorim. Nesta terça-feira, 22, ela teria dito, em entrevista coletiva, que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) não apontou conjunção carnal e por tanto, estaria descartada a violência sexual.

Em entrevista ao Alagoas24Horas o conselheiro reiterou as afirmações feitas no dia da denúncia e continuou: “A delegada de Alagoas mostrou o laudo do IML em que consta que houve ato libidinoso. Se isso não significa nada, tudo bem”, desabafa. O conselheiro se mostrou frustrado com o direcionamento do caso: “O conselho tutelar fez sua parte ao denunciar, agora a investigação e o desfecho do caso, cabe à polícia”, disse.

A versão apresentada pela mãe das crianças é que o abuso por parte do padrasto nunca aconteceu e todas as acusações têm como motivação a relação conturbada entre ela e o pai das crianças. Na versão da acusada, o pai das crianças seria uma pessoa tão difícil que constam alguns boletins de ocorrência contra ele.

Apesar de descartar os estupros das crianças, a delegada afirmou que irá investigar se aconteceram outros tipos de violência.

Para o conselheiro tutelar, o fato de a delegada não ter ouvido as crianças ainda muda tudo. Ele lembra os relatos angustiantes das crianças acerca das torturas sexuais as quais eram submetidas pelo grupo de pedófilos.

Outro ponto comentado por Fernando Silva é que algumas pessoas teriam entrado em contato para saber qual a relação entre ele e a família. Ele esclarece que nunca manteve nenhum contato com a família até o dia em que procuraram o conselho tutelar para denunciar. “Não vou me indispor com ninguém. A denúncia já foi feita”, concluiu.