Skaf acusa governador de usar links patrocinados para ganhar seguidores. Empresa pode recorrer da decisão, que foi tomada em caráter liminar.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) deu 48h para que o Facebook informe a identidade do contratante e os valores pagos por links patrocinados que estão na página do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) na rede social. A decisão em caráter liminar foi tomada após um pedido feito pela campanha de Paulo Skaf (PMDB). A empresa tem o mesmo prazo para apresentar recurso.
A coligação "São Paulo Quer o Melhor" (PMDB-PROS-PDT-PED-PP) informou na noite de quarta-feira (23) ter entrado com uma representação que acusa Alckmin de burlar a proibição de propaganda eleitoral paga na internet.
Procurada pelo G1, a campanha de Alckmin não havia se pronunciado até as 11h10.
A campanha de Skaf afirma que o tucano, com o recurso dos links patrocinados, conseguiu multiplicar o número de pessoas que curtiram o perfil e passaram a fazer parte da base que recebe notícias sobre as eleições por meio dessa página no Facebook.
Ainda segundo a coligação, a página demorou quatro anos para chegar aos 100 mil seguidores até dezembro de 2013. Seis meses depois, esse número subiu para 320 mil.
Além da identificação dos links e posts patrocinados, os partidários pediram que o número de pessoas que curtiram a página por terem clicado no link patrocinado também seja identificado. O objetivo é aferir em quanto a estratégia teria conseguido aumentar o número de curtidores da página de Alckmin.
A campanha de Skaf quer que o Facebook retifique o número de curtidores do perfil de Alckmin e só contabilize aqueles que foram registrados sem uso de links patrocinados.