Ainda durante os depoimentos os réus atribuíram ao policial Barbosinha, já morto, a autoria dos disparos com uma metralhadora, em reação à ação dos acusados, que teriam recebido a polícia à bala.
Três policiais civis estão sendo julgados nesta segunda-feira, dia 28, no Fórum do Barro Duro. Os agentes são acusados de participação no crime que ficou conhecido como Chacina do Solaris, ocorrida em 23 de agosto de 1995, no bairro de Cruz das Almas.
O julgamento deveria ter ocorrido no dia 19 de março, mas foi adiado devido a ausência do representante do Ministério Público Estadual. No processo, são apontados como autores da chacina os policiais Antonio Alves do Nascimento, José Roberto Nunes do Nascimento e José Félix da Silva Neto, que sentaram no banco dos réus. O júri é presidido pelo juiz John Silas, da 8ª Vara Criminal da Capital.
A defesa dos réus cabe ao advogado Welton Roberto. A defesa sustenta que os agentes policiais não participaram diretamente da chacina. Foram arroladas apenas duas testemunhas de acusação. Os três réus depuseram na manhã de hoje e todos eles confirmaram ter participado da operação para dar apoio, mas não teriam atirado contra as vítimas.
A chacina completa 19 anos nesse mês de agosto. Durante a ação foram mortos Agnaldo Florêncio, Jorge Ricardo Soares, Wellington Soares dos Santos, Jeanine George dos Santos, Nilo de Souza Mello, Maurício Levi Abreu, e Marcelo Ferreira. Segundo a polícia, à época, as vítimas teriam envolvimento com o assalto a instituições financeiras e seriam foragidas de presídios brasileiros.
Ainda durante os depoimentos os réus atribuíram ao policial Barbosinha, já morto, a autoria dos disparos com uma metralhadora, em reação à ação dos acusados, que teriam recebido a polícia à bala.