Prefeito disse que de 10 reivindicações colocadas pela categoria ainda no ano passado, oito foram atendidas. Greve prejudica a situação de cerca de 57 mil alunos da rede pública.
Outro entrave encontrado pela atual gestão municipal é a greve decretada pelos trabalhadores em Educação no último dia 25. Para o prefeito Rui Palmeira (PSDB), em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (30), a paralisação dos cerca de três mil professores é “injustificável”.
“Ainda em janeiro do ano passado membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) sentaram com representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e apresentaram dez pautas de reivindicação. Nós atendemos oito, ou seja, a maior parte. Claro que é difícil atender todas elas, mas não vejo motivos e sentido nessa greve”, disse Rui.
A categoria decidiu pela greve durante assembleia realizada na última semana. Os educadores exigem o pagamento do retroativo do salário, além do direito de exercer 1/3 da hora de atividade. Com a paralisação, cerca de 57 mil alunos ficam fora das salas de aula. “Esperamos resolver o quanto antes para não prejudicarmos mais ainda os alunos”, garante Rui.
Esta é a segunda paralisação da categoria em menos de três meses. A primeira realizada no mês de abril fez com que pais de alunos revoltados com os atrasos no calendário escolar, organizassem um protesto na Avenida Gustavo Paiva que paralisou o trânsito nos dois sentidos.
Outra denúncia sustentada pelos sindicalistas é que cerca de 151 estudantes estariam assumindo o cargo de professor por falta de novos educadores. A denúncia foi protocolada no Ministério Público Estadual (MPE) ainda no início deste mês. “São alunos do terceiro e do último período da educação infantil e do ensino fundamental sem a formação necessária”, denunciou uma conselheira.