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Delegada sergipana questiona depoimentos ‘técnicos’ das irmãs

O caso ganhou mais força com a denúncia de um conselho tutelar de Maceió. Uma das crianças teria confirmado a participação nas ‘festas’ e inclusive ter visto um assassinato.

SSP/SE

Delegada Mariana Amorim

A delegada sergipana Mariana Amorim, que investiga uma suposta rede de pedofilia que conta entre as vítimas quatro crianças alagoanas, esteve ontem (31) em Maceió para colher o depoimento das meninas.

Cercada de mistério e se recusando a falar com a imprensa, que aguardou durante horas um posicionamento na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, a postura da delegada irritou o pai das meninas.

Amorim colheu o depoimento das supostas vítimas na companhia de uma conselheira tutelar e uma assistente social. Pela primeira vez, as meninas, entre 5 e 10 anos, foram ouvidas sem a companhia do pai ou da avó. Segundo a delegada, em alguns momentos as supostas vítimas se recusaram a falar e em outras usaram “palavras técnicas” para descrever o que teria ocorrido com elas.

A delegada confirmou ainda que o laudo realizado em Alagoas atesta que o hímem das meninas segue intacto, o que na prática não descaracteriza o abuso sexual. Mariana Amorim, entretanto, disse que todas as linhas estão sendo investigadas, uma vez que a família apresentaria um histórico turbulento, com troca de acusações entre o pai e a mãe das crianças.

Embora tenha obtido repercussão pequena em Alagoas, a denúncia de uma rede de pedofilia obteve grande atenção em Aracaju. O esquema envolveria políticos e agentes públicos que abusariam de crianças em uma propriedade rural.

O caso ganhou mais força com a denúncia de um conselho tutelar de Maceió. Uma das crianças teria confirmado a participação nas ‘festas’ e inclusive ter visto um assassinato.