Greve da Educação deve ser decidida após audiência no TJ
Os trabalhadores em Educação de Maceió irão aguardar a audiência de conciliação marcada para esta quarta-feira, 6, para definir se encerram a paralisação na rede municipal de ensino. Isso porque na assembleia realizada hoje, o Sinteal garantiu que só recebeu a ação declaratória de ilegalidade da greve, ontem.
A presidente do Sinteal, Consuelo Correia, explica que o prazo para voltar às atividades termina amanhã, justamente no dia da audiência com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), até lá os professores permanecerão em greve.
Os professores voltarão a se reunir em assembleia, às 15 horas desta quarta-feira, onde irão transmitir as decisões tomadas na audiência, que contará com a presença de representantes do Ministério Público e Procuradoria Geral do Município.
Os professores cobram a incorporação do percentual que resta do reajuste prometido para este ano, calculado em 1,32%. Segundo o sindicato, o acordado foi de 8,32%, sendo que 7% já foram pagos em março, retroativos a janeiro.
A greve resultou no fechamento de aproximadamente 70% das escolas públicas do município e mobilizou cerca de 3 mil professores. Se por um lado, os números são comemorados pelo Sinteal, que aposta da união da categoria para conquistar o pleito, por outro, deixa os pais de alunos revoltados.
Os pais alegam que as greves na rede pública além de atrasarem o ano letivo, mudam a rotina de muitas famílias, como a Silvia Maria da Silva, diarista, que não tem com quem deixar os filhos para ir trabalhar. Ela explica que nesses dias em greve deixou de fazer suas faxinas habituais e consequentemente de ganhar dinheiro porque não podia deixar as crianças sozinhas em casa.
"Espero que essa greve termine logo, caso contrário, meus filhos correm o risco de perderem o ano e ainda comprometer nosso orçamento", desabafou.