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Ebitda da Braskem atinge R$ 1,1 bi no segundo trimestre de 2014

Queda foi de 17% em relação ao primeiro trimestre do ano, em base recorrente

A Braskem registrou vendas domésticas de 879 mil toneladas de resinas (PE, PP e PVC) no segundo trimestre de 2014, 7% a menos do que igual período do ano anterior, acompanhando a queda de 8% do mercado brasileiro. A redução da demanda de resinas no mercado brasileiro é reflexo de uma desaceleração da economia no trimestre, em consequência também do menor número de dias úteis em junho. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a queda nas vendas da Braskem foi de 2,6%. A receita líquida da Companhia alcançou R$ 10,9 bilhões, uma queda de 8%, impactada pela apreciação média do real de 6% ao longo do trimestre.

As vendas de polipropileno efetuadas pelas unidades da Braskem nos Estados Unidos e na Europa somaram 479 mil toneladas, um crescimento de 4% e 3%, respectivamente, sobre o primeiro trimestre e o mesmo período do ano passado. Além do aumento da produção, os números positivos foram influenciados pelo melhor desempenho dos setores automotivo e de varejo norte-americanos.

No segundo trimestre, a produção da Braskem foi afetada pela parada programada de manutenção de uma das linhas da central de matérias-primas do polo petroquímico de Triunfo (RS) e por contínuos problemas de fornecimento de matéria-prima para a unidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Com isso, a taxa média de utilização dos crackers da Braskem recuou um ponto percentual e atingiu 84% no período. Para a segunda quinzena de setembro, está planejada a parada programada de manutenção em uma das linhas do cracker de Mauá, em São Paulo.

No segundo trimestre, a Braskem atingiu um EBITDA de R$ 1,1 bilhão. Em base recorrente, a redução foi de 17% em relação ao primeiro trimestre. O lucro da Companhia atingiu R$ 124 milhões no segundo trimestre, retração de 69% sobre o trimestre anterior, que havia sido influenciado positivamente pelos efeitos da venda da Unidade de Tratamento de Água (UTA), em Triunfo.

APOIO À CADEIA E PROJETOS DE CRESCIMENTO
A fim de reforçar seu compromisso no fomento à cadeia de plásticos brasileira, a Braskem seguiu avançando com o Plano de Incentivo à Competitividade da Cadeia do Plástico (PIC), criado em 2013. Com o objetivo de aproximar o setor agrícola das inovações em plástico, como o silo bolsa e carrocerias de caminhão em plástico, a Companhia e seus Clientes participaram da Agrishow, em Ribeirão Preto, uma das maiores feiras do setor no Brasil.

Durante o trimestre, a Braskem anunciou o projeto para produzir polietileno de ultra-alto peso molecular em seu site de La Porte, no Texas (nos EUA). Conhecida comercialmente como UTEC, a resina com tecnologia 100% brasileira complementa sua linha de produção existente no polo de Camaçari, na Bahia. A planta deve começar a operar no primeiro semestre de 2016.

Ao longo do primeiro semestre, os investimentos da Braskem somaram R$ 1,3 bilhão. No que tange sua estratégia de expansão e diversificação com matéria-prima competitiva, o projeto no México atingiu a marca de 75% de avanço. Maior investimento em andamento no México, o empreendimento concluiu a montagem dos equipamentos de grandes dimensões, como a torre de eteno. O complexo, que tem seu contrato de matéria-prima referenciado ao preço do gás norte-americano, começa a operar em 2015.

A Braskem segue estudando, com um grupo de investidores, a viabilidade do projeto Ascent, um complexo integrado para produção de polietileno a partir do gás de xisto nos Estados Unidos.

“A Braskem segue firme na sua estratégia de redução do custo e diversificação de sua matéria-prima, contínuo fortalecimento da relação com os Clientes, apoio ao desenvolvimento da cadeia petroquímica e dos plásticos, melhora em sua eficiência operacional e manutenção de sua higidez financeira”, afirma Carlos Fadigas, presidente da Braskem.