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Bancários paralisam Bradesco Jaraguá para protestar contra metas e assédio

O Sindicato dos Bancários paralisou na manhã desta quinta-feira 7 a agência do Bradesco em Jaraguá, onde funciona a Gerência Regional do banco.

Assessoria

Assessoria

O Sindicato dos Bancários paralisou na manhã desta quinta-feira 7 a agência do Bradesco em Jaraguá, onde funciona a Gerência Regional do banco. A paralisação foi em protesto contra as metas abusivas e a pressão exercida pela gerência de Alagoas sobre os funcionários, que têm adoecido devido ao assédio moral para vender produtos (seguros, empréstimos, etc).

“A Gerência está pegando pesado”, disse o presidente do Sindicato, Jairo França, baseado em diversas denúncias que chegaram à entidade. Elas dão conta de que a gestão não respeita ninguém, e que tem adotado a politica do “chicote” contra os funcionários que não atingem as metas estabelecidas por ela. Essas metas são, geralmente, acima das que o banco já exige.

“Não adianta cumprir 99%. Se ficar um grama de meta não cumprida, ela dá o maior esporro no bancário. Não considera o esforço sobre-humano que o colega fez para conseguir os 99%”, afirma Míriam Albuquerque, funcionária do Bradesco e diretora do Seec-AL.

Além de estipular metas abusivas e exigir, com arrogância, o total cumprimento, a Gerência Regional foi denunciada por enviar insistentes mensagens aos empregados, com cobranças e ameaças, o que caracteriza assédio moral. “Os gerentes de conta estão trabalhando em estado de choque”, acrescenta a diretora Míriam.

Além de paralisar a agência Jaraguá e promover manifestação dentro da unidade, diretores do Sindicato se reuniram com a Gerência Regional nesta quinta-feira para cobrar dela, mais uma vez, mudança de postura. “Ela prometeu que vai mudar. Nós esperamos que realmente mude. Caso contrário, haverá novas paralisações e protestos”, alertou o diretor do Sindicato Juan Gonzalez, que também é funcionário do banco.

O Sindicato paralisou a agência do Bradesco logo no início da manhã e prosseguiu com o protesto até às 11 horas. Diversas faixas foram colocadas na frente da unidade criticando o autoritarismo da Gerência Regional e a política de massacre do banco, que tira a última gota de energia e de saúde dos funcionários para aumentar os lucros (R$ 7,3 bilhões só no primeiro semestre / + 22,9%).

O protesto contou com o apoio dos usuários e clientes, que se divertiram ao assistir uma performance teatral encenada dentro da agência. Os atores, entre eles Regileno de Souza, do Itaú, interagiram com o público, tentando vender a todo custo produtos do banco. Um personagem com chicote nas mãos representou a política carrasca adotada contra os funcionários pela Gerência de Alagoas.