Toledo afirma que atraso de salários foi motivado por desconto no duodécimo.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas depositou nesta terça-feira, 8, os salários dos deputados e servidores da ALE, referente ao mês de julho. Mesmo com o pagamento, o presidente da Mesa não foi poupado das críticas e teve que responder quais as razões que levaram ao atraso.
Os deputados Judson Cabral (PT) e Flávia Cavalcante cobraram explicações para o atraso, inclusive, no repasse devido ao plano de saúde e às associações. Cabral ressaltou que o duodécimo é um recurso público e por este motivo, necessita de prestação de contas.
As mesmas críticas foram direcionadas à Mesa pela deputada Flavia Cavalcante. Ela lembrou que o duodécimo havia sido pago no dia 20 e até o dia 5 de agosto os vencimentos não haviam sido repassados, nem tampouco, a Mesa deu satisfação do que estava ocorrendo.
Em resposta, o deputado Fernando Toledo (PSDB), presidente da Casa, justificou que o atraso dos salários se deu em função de um equívoco no desconto de uma dívida com o Estado. Segundo Toledo, em dezembro a ALE teria pego empréstimo junto ao Governo do Estado para pagar o 13º salário dos servidores. Por um engano, o Governo teria recolhido Quatro Milhões e Meio de Reais do duodécimo, ao invés de Um Milhão e Setecentos Mil Reais, gerando o problema.
“Eles entenderam que tiraram a mais. Acredito que não teremos mais nenhum problema nesse sentido. Imagino que estejam solucionados”, disse Toledo.
Após a explicação de Toledo, o deputado JHC questionou a forma como o duodécimo foi manipulado e cobrou uma resposta mais convincente. “Como eles tiram e devolvem Quatro Milhões e Meio de Reais como se fosse qualquer coisa?”, questionou. “Isso é dinheiro público e não pode ser manipulado dessa forma”, completou acrescentando que a Casa exige transparência e explicações sobre o ocorrido. Além disso, o deputado solicitou uma declaração por escrito dos fatos.