Acusado de atropelar trabalhar prestou depoimento no final da manhã desta quita
O condutor da caminhonete L200 Triton de cor branca e placa NMK 4778/AL prestou depoimento ao delegado Valdor Coimbra, titular da Delegacia de Acidentes, no final da manhã desta quinta-feira (14).
O depoimento estava marcado para as 8h30 de hoje, mas segundo o advogado do acusado, Silvio Arruda, seu cliente não compareceu porque estava muito abalado. “Ele acordou chorando muito e estava muito abalado. Então achei melhor que ele fosse até um psicólogo. Ele foi medicado e quando estava mais calmo, fomos até a delegacia. Chegamos pouco mais de meio-dia”, disse o advogado.
Questionado sobre a versão de seu cliente para o ocorrido, Arruda disse que o rapaz havia saído de casa para abrir a padaria do pai, como costuma fazer todos os dias. Estava chovendo e o rapaz perdeu o controle do veículo ao cair em um buraco na Avenida Gustavo Paiva. “Ele passou uma numa poça de água, caiu num buraco, o pneu da caminhonete estourou e ele perdeu o controle do veículo e subiu na calçada, vindo a atropelar a vítima. Ele estava indo trabalhar, como faz todos os dias e isso foi uma fatalidade”, relatou o advogado.
O advogado defendeu que seu cliente não negou socorro à vítima. De acordo com a versão apresentada, logo após o acidente, um parente de José Cícero Farias dos Santos começou a dizer que o condutor da caminhonete o havia matado. O advogado esclareceu que seu cliente foi orientado a deixar o local para evitar represálias.
“Logo depois do acidente, vários carros começaram a parar e um motorista em um Jetta se propôs a ajudar. Ele achou que meu cliente estava ferido e queria levá-lo ao hospital e achou melhor que ele saísse do local, já que muita gente estava chegando. Dentro do carro, meu cliente pediu que o motorista do Jetta ligasse para o Samu. Não houve omissão de socorro e sim uma impossibilidade de socorro, já que a vítima, infelizmente, estava morta”, explicou o advogado.
O acidente ocorreu na última sexta-feira, dia 8, próximo a uma parada de ônibus na Avenida Gustavo Paiva, em Mangabeiras. José Cícero Farias dos Santos, 42 anos, seguia para o ponto onde pegaria o ônibus para ir ao trabalho. Ele foi atropelado pela caminhonete, que subiu na calçada e derrubou uma estrutura de ferro e concreto.