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Após faltar duas vezes, Júnior Barbosa presta depoimento na PC

Delegado Denisson Albuquerque acompanha o caso de perto. Após faltar duas vezes a convocação da Polícia Civil, o suplente de vereador compareceu à sede da Polícia Civil, na Jacarecica.

Alagoas24horas

Delegado-geral de Polícia Civil, Carlos Alberto Reis

O suplente de vereador Eliseu de Oliveira Barbosa Filho, o Júnior Barbosa, preso acusado de participar de um grupo de extermínio presta depoimento, na manhã desta quinta-feira (31), na Delegacia Geral de Polícia Civil (PC), em Jacarecica, após faltar duas vezes a convocação da PC nos últimos dias.

Júnior chegou sob forte esquema de segurança formado por agentes da Asfixia, pertencente à Polícia Civil, para prestar depoimento ao delegado Denisson Albuquerque. Júnior Barbosa não quis falar com a imprensa.

De acordo com o delegado-geral da PC, Carlos Reis, o criminoso é a última pessoa ouvida no processo que julga uma série de assassinatos ocorridos a mando de um grupo de extermínio que atuava na parte baixa da cidade. Com isso, o delegado solicitou a prisão preventiva dos cinco envolvidos.

O depoimento de Júnior Barbosa apresentado ao Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) em que acusa o deputado Marcos Barbosa (PSDB), parente de Júnior, de ter ordenado a morte de pelo menos dois indivíduos na região. De acordo com Carlos Reis, a Polícia Civil já recebeu o material encaminhado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e vai instaurar inquérito.

“Aqui são duas situações diferentes, a primeira que está sendo investigada pelo delegado Denisson que trata do grupo de extermínio, e a segunda que envolve essas pessoas que ele acusou e que será investigado pelos delegados Amorim Terceiro e Fabrício Nascimento lotados no Departamento de Recursos Especiais (DRE)”, diz Carlos Reis.

A prisão de Júnior Barbosa é marcada por polêmica desde a denúncia feita ao Gecoc. A última ocorreu no último dia 11 quando o mesmo chegou a declarar que sofreu agressões dentro do Presídio de Segurança Máxima. O episódio chegou ao conhecimento da imprensa, mas a situação foi negada pela Secretaria de Ressocialização que afirmou que Júnior Barbosa teria se machucado após ter sofrido uma convulsão. Uma sindicância foi aberta para investigar especificamente esse episódio.