De acordo com a publicação, as empresas custearam o pagamento de uma dívida de R$ 1,7 milhão para a compra do Cessna Citation.
O jatinho que transportava o então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) no dia de sua morte foi financiado por empresas com endereços fantasmas e sem lastro financeiro, segundo publicou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira. De acordo com a publicação, as empresas custearam o pagamento de uma dívida de R$ 1,7 milhão para a compra do Cessna Citation.
As seis fontes pagadoras que fizeram transferência bancária para a A.F. Andrade, dona da aeronave nos registros da Agência Nacional de Aviação Civil. Segundo o Estadão, elas teriam assinado contrato de empréstimo para o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello, que afirmou ser o comprador do jato.
Segundo o empresário, os empréstimos foram feitos em troca do uso do jato, antes da compra ser efetivada e comprovada. Ainda segundo o jornal, a PF já tem em mãos a lista dos depósitos e sabe que algumas das fontes pagadoras são firmas que não existem no endereço declarado, como a Geovane Pescados, na periferia de Recife, ou a Vasconcelos & Câmara, que depositou R$ 159 mil.
O próprio João Carlos Lyra fez um depósito de R$ 195 mil. Lyra é enteado do ex-senador Luiz Piauhylino Monteiro (PSB), que tem outro parente envolvido nos depósitos: o filho Luiz Piauhylino Monteiro filho, que divulgou uma nota informando ter emprestado a Lura R$ 325 mil. Pelo contrato assinado por ele, o dinheiro foi transferido no dia 14 de maio para a AF Andrade.
Outra empresa que aparece como financiadora é a Ele Leite Negócios Imobiliários Ltda, que declarou ter emprestado R$ 727,7 mil a João Carlos. Dinheiro que foi transferido no dia 15 de maio para a A.F. Andrade.