Ao invés de lançar e comentar propostas, como fez nos dias anteriores, o candidato do PSDB recuou o cronograma para se reapresentar ao telespectador.
Os desavisados que assistiram ao programa de Aécio Neves na noite de quinta-feira (27) podem ter imaginado que se tratava do primeiro dia da propaganda eleitoral na TV.
Ao invés de lançar e comentar propostas, como fez nos dias anteriores, o candidato do PSDB recuou o cronograma para se reapresentar ao telespectador.
E voltou ao básico: “Meu nome é Aécio Neves”. A seguir informou detalhes de sua família, pontos da biografia política e falou até das influências na vida pública, como seu avô, Tancredo Neves, e o ex-presidente Juscelino Kubitschek.
A impressão é de que o programa deu um passo atrás, talvez mirando nos eleitores indecisos e naqueles que ainda não sabem (ou não sabiam até aquele momento) quem era Aécio Neves.
Em terceiro lugar nas pesquisas, o tucano tem uma missão dupla: reconquistar os eleitores que migraram para Marina Silva e atrair os eleitores que ainda se declaram sem candidato.
Por isso o programa de ontem teve aspecto de recomeço, como se tentasse refrescar a memória do telespectador em relação à história de Aécio — e, quem sabe, o fizesse considerá-lo para o voto.
Já o programa do PSB ganhou outro ritmo, nova temperatura. O discursos formais de Marina Silva, exibidos nas outras edições, foram substituídos por imagens da candidata nas ruas e em eventos.
A ex-senadora abandonou a expressão sisuda. Cenas a mostraram sorridente, acenando e interagindo com o público. Quinze dias após a morte de Eduardo Campos, e dez dias depois do início do horário eleitoral, o luto se dissipou na propaganda do PSB.