O meio-campista Marcos Assunção fez um discurso bastante emocionado .
Marcelo Prado / Globoesporte.com
O meio-campista Marcos Assunção fez um discurso bastante emocionado um dia depois de ter concluído as tentativas de renovação de contrato no Palmeiras. Em entrevista coletiva no bairro do Morumbi, em São Paulo, ele chorou quando lembrou do carinho pelo clube paulista e reafirmou que desejava jogar no time alviverde até o fim da carreira.
“Eu não gostaria de sair do Palmeiras. Sempre falei que gostaria de permanecer. Mas o Palmeiras não me quis. Eu saio triste, chateado, porque eu aprendi a gostar muito do Palmeiras. Continuo com minha palavra que gostaria de disputar a Série B”, disse Assunção.
Depois, o atleta entrou em mais detalhes sobre a negociação. A não renovação se deu porque a última proposta do Palmeiras não alcançou o que o jogador pedia para atuar por mais uma temporada.
“Esses valores que estavam sendo divulgados não eram verdadeiros. E eu nunca recebi luvas, eu nunca procurei o Palmeiras para renovar. O Palmeiras tem uma dívida comigo desde julho e nunca fui lá cobrar. Só na última reunião o Palmeiras fez proposta para mim. E era menos do que eles tinham oferecido em agosto, quando ganhamos a Copa do Brasil. Não era menos do que eu ganhava, mas era menos do que já tinham oferecido”, respondeu.
Este último encontro com a diretoria do Palmeiras aconteceu na sexta-feira. No sábado, o clube paulista respondeu ao jogador e ao empresário quanto estava disposto a pagar pelos serviços do atleta.
O ex-jogador de Rio Branco, Santos, Flamengo, Roma, Betis, Al Ahli, Al Shabab, Grêmio Barueri e, agora, Palmeiras, falou também que o pedido de valorização se deu porque ele ainda se considera um jogador de valor mesmo com a idade avançada.
“Eu entendo que sou um jogador importante ainda com 36 anos. Eu entendo que fui muito importante neste ano. Está certo que a gente caiu, mas conquistamos o título da Copa do Brasil. Eu sempre recebi premiações de Campeonato Paulista, Brasileiro, melhor jogador da Copa do Brasil. Antes da lesão no joelho, eu fazia o mesmo tipo de treinamento dum garoto de 18 anos. Eu recebia avisos que eu tinha de treinar menos para suportar”.
Assunção ainda desconversou sobre o que faria se a nova presidência do Palmeiras – as eleições acontecem em duas semanas – fizesse uma nova proposta. “Eu sempre deixei claro que quero ficar. Enquanto não tiver nada com nenhum time, estou aberto para negociar com qualquer um”. Sobre o futuro, disse que ainda não teve tempo para pensar onde irá atuar em 2013. “Meu joelho está bom já. E eu vou voltar a jogar num grande nível, fazer meus gols, dar assistências. É normal que eu não corra o que corria. Isso é normal na vida de um atleta”.