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Venezuela: Mais um alerta

Em 2002, o próprio Hugo Chávez sofreu golpe militar, apoiado subliminarmente pela mídia.

Em outros artigos já tinha acendido a luz amarela com a cobertura da chamada grande mídia radiofônica, impressa e televisiva (CBN, Rede Globo, SBT, Band, Record, Folha de São Paulo, Estadão, entre outras), cobria freneticamente o golpe de Estado imposto pela minoria branca e rica de Honduras, o presidente hondurenho Manuel Zelaya, em 2009. Em 2012, mais um golpe foi praticado em um país latino-americano, a deposição do presidente Fernando Lugo. Em 2002, o próprio Hugo Chávez sofreu golpe militar, apoiado subliminarmente pela mídia.

Com a cobertura, a mídia passa uma imagem autoproclamada de defensora da constitucionalidade internacional, dos inocentes indefesos e deserdados da terra e da democracia. Apelo emocional em nome dos princípios éticos, da probidade administrativa e transparência nos gastos públicos.

À primeira vista, o censo comum toma conta das posições opinativas em mesas de bar, boteco e esquinas. A classe média-alta, pretensamente intelectualizada e esclarecida – dita formadora de opinião-, e seus canais de comunicação, se encarregam de alimentar o imaginário popular. Não propriamente porque são defensores e praticante daqueles princípios acima mencionados, mas para se protegeresaem e defender seus reais interesses sociais, econômicos, políticos e ideológicos.

O que está por trás, então, de mais uma cobertura, com direito a enviados especiais à Caracas, capital venezuelana, e à Cuba, para informar à população brasileira dos princípios da Constituição da Venezuela e com precisão sobre o real estado de saúde do presidente eleito para mais um mandato, Hugo Chávez? Com absoluta convicção, a Globo e seus asseclas não estão, nem do ponto de vista humano e muito menos político, preocupada com a saúde de Chávez e do cumprimento da Constituição Federal. A mesma, que analisa artigos e consulta constitucionalistas venezuelanos, alimentou-se, cresceu e se expandiu tecnologicamente no território brasileiro sob a proteção e benção do golpe militar de 1964, com recursos estadunidenses que entraram ilegalmente no país.

Para entender o que está acontecendo, basta lembrar que, no auge da onda neoliberal, dos países da América Latina que não se renderam ã cartilha da escola de Chicago, inicialmente Cuba de Fidel Castro, e na década de 90, a Venezuela de Chávez, oponentes declarados da política norte-americana de Bush pai-filho e da dupla inglesa Margareth Thatcher-Tony Blair.

No Brasil, a eleição de Lula, corroborado por outros fatores internacionais, nasce e se fortalece uma nova força na geopolítica latino-americana e, concomitantemente, enfraquece a política neoliberal na região. Um dos pilares da política econômica estadunidense para os países da América Latina e Caribe, a Área de Livre Comércio da Américas (ALCA) começa o seu processo de enfraquecimento a até o seu completo desaparecimento.

Em nível internacional, as economias dos países membros da União Europeia (EU) e os Estados Unidos entram em profunda crise, com recessão, queda das Bolsas de Valores, desemprego, falências de instituições financeiras e, como consequência, crises políticas.

Na América Latina cresceu a influência do governo Lula, provocando uma onda de presidentes eleitos de perfil se esquerda e social democrata, a exemplo da Argentina, Equador, Uruguai, Honduras, Bolívia, Chile, Nicarágua e Paraguai, entre outros. A política estadunidense enfraquece na região, provocando uma onde intervenção branca, apoiando iniciativas das classes nativas subservientes e dos seus maios midiáticos.

É preciso atenção para essa nova de intervenção estadunidense e aliados externos e internos! Não é por acaso que está em curso de forma permanente, disciplinada e monitorada nas redes sociais e meios de comunicação de massa a desconstrução da imagem de Lula.
Chávez é só mais uma vítima da guerrilha midiática contra a soberania nacional, a democracia e a distribuição da riqueza com a maioria da população excluída da América Latina.

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