Sesau realiza Campanha para Tratamento de Doenças Parasitárias
Parecidas com esquistossomose, as geohelmintíases são doenças causadas por parasitas que contaminam solo, água e alimentos, o que as tornam de fácil transmissão. Tendo em vista a redução de casos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realiza, de 18 a 22 de março, em 49 municípios prioritários, a Campanha Nacional de Tratamento em Estudantes da Rede Pública.
E, para orientar e esclarecer dúvidas, a Gerência de Agravos Transmitidos por Vetores, Zoonoses e Fatores Ambientais da Sesau realiza, a partir da próxima segunda-feira (25), uma série de reuniões com gerentes e técnicos das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios envolvidos.
Os primeiros a receberem os encaminhamentos serão Piaçabuçú, Feliz Deserto, Coruripe, Marechal Deodoro, Paripueira, Barra de Santo Antônio, Rio Largo, Atalaia, Viçosa, Pindoba, Tanque d’Arca, Messias, São Luis do Quitunde, Cajueiro, Capela e Chã Preta. O evento acontece na capital, das 8h30 às 12h, no Centro de Referência à Saúde do Trabalhador (Cerest).
Na terça-feira (26), o encontro acontece no Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria), para os municípios de Canapi, Inhapi, Olho d’Água do Casado, Senador Rui Palmeira, Poço das Trincheiras, São José da Tapera, Dois Riachos, Olivença, Traipú, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Feira Grande, Campo Grande, Olho d’Água Grande, Igreja Nova, São Sebastião, Estrela de Alagoas, Taquarana, Porto Real do Colégio e Quebrangulo.
Na quarta-feira (27), quem recebe os esclarecimentos são os secretários e técnicos de União dos Palmares, Branquinha, Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara, Colonia Leopoldina, Novo Lino, Campestre, Jundiá, Jacuípe, Joaquim Gomes, Flexeiras e Murici. A atividade será realizada das 8h30 às 12h, no auditório da Prefeitura de União dos Palmares.
As reuniões irão tratar de tópicos como as propostas e o planejamento para a execução da campanha; a operacionalização dos trabalhos de campo com diretores e professores de escolas e a organização da logística para o trabalho nas unidades escolares. Também serão discutidos o envolvimento dos pais e responsáveis e a mobilização social para a ação.
Campanha – A Campanha foi criada pelo Ministério da Saúde e faz parte do Plano Integrado de Ações Estratégicas de Eliminação da Hanseníase, Filariose, Esquistossomose, e Oncocercose como Problema de Saúde Pública, Tracoma como Causa de Cegueira e Controle das Geohelmintíases, com ações previstas no período entre os anos de 2011 e 2015.
A iniciativa tem como público alvo crianças e adolescentes entre cinco e 14 anos de 49 cidades prioritárias, tendo com finalidade fortalecer a prevenção e o controle da enfermidade. A seleção foi feita de acordo com critérios de prevalência acima ou igual a 10% da doença ou pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) menor ou igual a 0,554.
A gerente de Agravos Transmitidos por Zoonoses, Vetores e Fatores Ambientais da Sesau, Marina Accioly, destaca a importância do tratamento coletivo. “A medida auxilia muito no combate às geohelmintíases. A interrupção da transmissão, porém, depende de eixos como saneamento básico e a melhoria da higiene e das condições de vida das pessoas“, diz
Ela acrescenta que, na campanha, os estudantes receberão o medicamento Albendazol 400 mg, em dose única, que é eficaz, não tóxico e de baixo custo. A prevenção em escolares é uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza o tratamento periódico como uma medida efetiva para redução da carga parasitária na população.
Segundo Marina Accioly, os jovens foram escolhidos por ser um dos principais grupos de risco. “As crianças constituem um importante grupo de risco, uma vez que estão em fase de desenvolvimento físico e cognitivo. O impacto negativo da infecção produz, além da redução no desenvolvimento físico e mental, uma diversidade de quadros que incluem diarreia, dores, perda de peso e até complicações de processos obstrutivos”, explica.
As geohelmintíases constituem um grupo de doenças parasitárias intestinais que acometem o homem. De 2008 a 2012, os serviços de saúde dos municípios endêmicos para esquistossomose e geohelmintíases realizaram 874.183 exames em uma rotina de busca ativa, com aproximadamente 34% de resultados positivos para as doenças.