Prova disso é a média de três mil atendimentos mensais registrados pelo órgão.
Proteger e defender o consumidor, promovendo a harmonização das relações de consumo. Essa é a missão que o Procon – órgão vinculado à Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos – tem realizado em Alagoas. Prova disso é a média de três mil atendimentos mensais registrados pelo órgão.
Para a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born, esse grande volume de ações é uma demonstração de que a população acredita no trabalho do Procon. Ela entende que o respeito ao consumidor também está nesse contexto de cidadania, oferecendo os mecanismos necessários de proteção aos seus direitos.
“Quando a população se sentir lesada nos seus direitos, ao invés de procurar o Juizado de Pequenas Causas, tem, primeiro, que procurar o Procon. Aqui, a população tem a oportunidade de negociar com o
causador do problema. Só de não houver consenso faz-se necessário dar entrada com uma ação. Aí se faz o julgamento do processo”, expôs.
Katia Born alerta sobre as necessidades de o consumidor obter informações sobre o produto que está sendo adquirido e de os vendedores estarem preparados para repassá-las. “Se a população
tivesse todas as informações de forma mais clara no local onde consume, compra e tira empréstimo financeiro, por exemplo, a atuação do Procon seria mais de orientação. Os empresários têm que ter cada vez mais seus empregados treinados para atender melhor a população”, frisa a secretária.
O superintendente do Procon em Alagoas, Rodrigo Cunha, recorda que o órgão finalizou o ano de 2012 com 26 mil atendimentos, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano de 2011. “Nós
comemoramos essa quantidade de atendimentos, mas não é esse o objetivo do Procon. Pelo contrário, estamos empenhados para fazer com que essa curva comece a descer fazendo um trabalho educativo junto às empresas para que elas conheçam e respeitem cada vez mais os direitos do consumidor”, explica.
Segundo ele, ainda existe uma demanda reprimida no Estado, e por isso a necessidade de descentralização dos serviços. “O reflexo dessa demanda reprimida são 18 postos de atendimento do Procon espalhados por todo Estado. No início, nós pensávamos que abrindo novos postos diminuiria a concentração de pessoas”, revela.
De acordo com Rodrigo Cunha, o setor com mais reclamações é o financeiro, capitaneado pelo cartão de crédito, seguido de perto pelo de telefonia. “Essa é uma realidade que vem acontecendo desde o ano de 2011, quando se quebrou uma tradição de décadas onde a telefonia era o item mais acuado, passando o cartão de crédito a ser o principal vilão, o que mais leva as pessoas procurar os serviços do Procon”,
ressalta.