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‘Estas crianças precisam de afeto familiar’, diz juiz sobre adoção

A ação faz parte da programação pelo Dia Nacional de Adoção, comemorado no dia 25 de maio.

Alagoas24Horas

Juiz Fábio Bittencourt e Fátima Pirauá em visita a Casa de Adoção Rubens Colaço

Despertar para a adoção. Este é o intuito de representantes da Corregedoria-Geral da Justiça de Alagoas, do Juizado da Infância e Juventude da Capital e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedca) que visitaram nesta quarta-feira, dia 22, algumas unidades de acolhimento de crianças e adolescentes em Maceió. A ação faz parte da programação pelo Dia Nacional de Adoção, comemorado no dia 25 de maio.

A primeira unidade visitada foi a Casa de Adoção Rubens Colaço, que recebe crianças de 0 a 7 anos incompletos. Lá, 14 crianças estão acolhidas e quatro delas em processo de adoção. De acordo com o juiz da Infância e da Juventude da Capital, Fábio Bittencourt, na Rubens Colaço, apenas quatro crianças estão aptas para adoção. As demais se encontram em processo de reinserção ao vínculo familiar ou em fase de destituição do poder familiar.

Já na unidade mantida pelo município de Maceió para maiores de 7 anos, 17 crianças em fase de pré-adolescência aguardam, no Projeto Acolher, uma família. “O que nós queremos é despertar o tema adoção. Principalmente a adoção tardia, de crianças acima de 7 anos”, destacou o magistrado.

O magistrado destacou ainda que atualmente o processo de adoção foi fortalecido com o Cadastro Nacional, aumentando as possibilidades de encontrar uma criança com o perfil desejado. “As pessoas geralmente procuram meninas recém-nascidas e brancas e muitas crianças, principalmente maiores de 7 anos, não são adotadas por não atenderem aos requisitos dos candidatos. É preciso mudar esta mentalidade porque todas estas crianças precisam de atenção, afeto e carinho de uma família”, completou o juiz.

Ainda segundo Bittencourt, qualquer pessoa pode entrar na fila de adoção. Basta apenas procurar o Juizado da Infância e da Juventude da Capital e se cadastrar. “Qualquer pessoa pode se candidatar para adotar uma criança… pode ser solteira ou casada, heterossexual ou homossexual. Esse candidato passa por uma avaliação pela equipe multidisciplinar para saber se tem condições de adotar”, explicou.

Os representantes visitaram ainda o Lar de Amparo à Criança para Adoção (LACA), que funciona na Gruta de Lourdes e o Projeto Acolher.