Polícia protege a entrada da escola de Columbine que foi cenário de massacre em abril de 1999
Um estudante de 17 anos foi denunciado formalmente nesta terça-feira, no Oregon, por planejar um ataque com bombas e armas de fogo contra sua escola, inspirado no massacre de Columbine, em 1999, informaram fontes judiciais.
A polícia deteve Grant Acord na quinta-feira passada, após encontrar o ‘arsenal’ com o qual o jovem pretendia realizar o ataque contra a West Albany High School, na cidade de Albany, 115 km ao sul de Portland, no noroeste do Oregon.
Acord foi denunciado por tentativa de homicídio e posse e fabricação de material explosivo. Apesar de sua idade, compareceu como adulto diante de um juiz, que fixou uma fiança de 2 milhões de dólares.
Alertada por um colega de classe, a polícia descobriu na quinta-feira passada bombas artesanais e coquetéis Molotov no quarto de Acord, segundo documentos da investigação.
Também foram encontrados mapas, esquemas e planos para um ataque, disse o promotor do condado de Benton, John Haroldson.
"Vamos apresentar como provas (…) desenhos, notas e um plano para utilizar artefatos explosivos e armas de fogo para um ataque inspirado no massacre de Columbine", revelou Haroldson à rede de televisão CNN.
Em 20 de abril de 1999, dois estudantes fortemente armados – Eric Harris e Dylan Klebold – atacaram a escola secundária Columbine, no Colorado, matando 13 pessoas e ferindo outras 23 antes de cometer suicídio.
Os papéis encontrados revelam que Acord planejava sair de casa pela manhã "com todo o material no porta-malas" de seu carro, assistir à primeira aula e sair para se "equipar".
Em seguida, colocaria música a todo volume no carro e iniciaria o ataque lançando bombas de gás lacrimogêneo e explosivos "por todas as partes da escola".
Ao final do ataque, Acord planejava cometer suicídio.
A mãe de Acord disse que o filho sofre de uma forma de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) conhecida pela sigla em inglês Pandas, que define desordens neuropsiquiátricas pediátricas auto-imunes associadas a infecções com estreptococos.
"Meu coração está com todos os envolvidos na luta de Grant contra Pandas, uma forma rara de TOC", disse Marianne Fox em mensagem enviada à imprensa.
"Tenho pena do meu filho, mas entendo e apoio os esforços das forças da ordem para manter nossa amada comunidade segura. Este é um momento difícil e confuso para todos os que conhecem Grant".
