Este foi o terceiro exame realizado pela equipe do IML Estácio de Lima a pedido da justiça alagoana.
Na manhã de hoje, 14, uma equipe do Instituto Médico Legal Estácio de Lima precisou interditar uma área do cemitério São José no bairro do Trapiche para realizar uma nova exumação. A iniciativa foi necessária para evitar curiosos e não atrapalhar o funcionamento do local durante o exame de alta complexidade.
A exumação foi realizada no corpo de Benedito José dos Santos, 34, assassinado a facadas no dia 08 de julho do ano passado. O crime aconteceu na Rua Sírio Medeiros, nas proximidades do terminal de ônibus do Vergel do Lago em Maceió, onde a vitima também morava, mas por conta da greve dos médicos legistas seu corpo foi liberado para sepultamente sem o atestado de óbito.
Um cunhado e duas irmãs de Benedito acompanharam o exame. Além da liberação do atestado de óbito que será entregue após a exumação, eles anseiam que o resultado do laudo cadavérico ajude a esclarecer o assassinato do autônomo, que está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Auxiliado pelos técnicos forenses Avelar de Araujo e Junilton Chaves durante o exame, o médico legista Antonio Carlos de Lima Xisto explicou que mesmo sendo uma vítima de arma branca a exumação é de extrema importante para o inquérito policial. Ele utilizou a ficha cadavérica, fotos da época do crime e a declaração de óbito para cruzar as informações, realizar o exame e concluir o laudo cadavérico.
“Fazemos uma varredura em todo o corpo da vítima. No exame de hoje, conseguimos confirmar três ferimentos externos através de fraturas seccionais nos ossos da vítima, uma delas bem visível próximo a uma articulação. Dois três exames realizados, um laudo já foi concluído e remetido para autoridades policiais. O segundo está em fase final de acabamento, e o de hoje em breve concluiremos,” afirmou o médico.
Presente também ao exame, o diretor do IML de Maceió, Luiz Mansur explicou que o levantamento das vítimas que precisarão passar pela exumação continua sendo realizado pelo Ministério Público Estadual. “Como houve um mutirão realizado pelo MPE e a Defensoria pública, alguns famílias conseguiram a supressão do exame, sendo liberado o atestado de óbito pela justiça sem a necessidade da exumação, por isso solicitou uma nova relação ao MPE”, explicou Mansur.
Os trabalhos da equipe foram finalizados no final da manhã, os restos mortais da vítima foram devolvidos para seu jazigo. A direção do IML confirmou para próxima semana uma nova exumação. Desta vez o exame será realizado no interior do estado.