Forças de segurança do DF prometem ações contra manifestantes e se preparam para evitar surpresas
A Polícia Civil do Distrito Federal diz estar monitorando qualquer movimento de manifestação ou protesto relacionado à Copa das Confederações, e garante que não será pega de surpresa neste sábado. A informação é da assessoria de imprensa do órgão. O Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, será palco da abertura do torneio em uma partida entre Brasil e Japão.
Em entrevista coletiva na noite da última sexta-feira, o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, disse que não vai tolerar manifestações na região da arena. “Os policiais vão prender os manifestantes que entrarem no perímetro reservado do estádio ou que fizerem baderna”, disse na ocasião.
Militantes contrários ao evento esportivo preparam outro ato para a manhã deste sábado na Rodoviária do Plano Piloto, que fica na área central de Brasília, a poucos quilômetros do Estádio Nacional Mané Garrincha. Eles protestam também contra a prisão de cinco suspeitos de terem participado de uma manifestação na véspera da abertura do torneio, na qual pneus foram queimados em uma importante via da cidade.
A lista de reivindicações dos manifestantes tem mais de 10 itens, e inclui pedido de auditoria externas nas contas do reforma do estádio e compromisso de não privatização do local; construção de habitações populares; compromisso da Terracap (companhia imobiliária do DF) de suspender licitação de terras públicas para que essas áreas sejam destinadas à construção de moradias populares; construção de mais áreas de lazer no DF; reforma das calçadas da cidade e estruturação dos plantões dos conselhos tutelares, entre outros.
Segundo a Polícia Civil, os detidos foram enquadrados por crime de dano qualificado ao patrimônio. Segundo as autoridades policiais, a queima de pneus danificou o asfalto.
A partir da manifestação de sexta-feira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, determinou que a segurança dos acessos ao estádio e das zonas hoteleiras fossem reforçadas. O número de homens em serviço previsto para hoje é de 6 mil, incluindo policiais, fiscais e bombeiros.