PM usa bombas de gás para afastar manifestantes de estádio

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Policiais militares do Distrito Federal recorreram a bombas de gás, tiros de balas de borracha e spray de pimenta para tentar dissolver uma manifestação de protesto na manhã deste sábado (15), em Brasília, contra os gastos para a realização da Copa das Confederações no país.

Com cartazes, eles foram inicialmente barrados pela Polícia MIlitar, mas conseguiram chegar próximo ao acesso de torcedores ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde neste sábado Brasil e Japão fazem a abertura da competição.

Às 12h45, em entrevista à TV Globo, o comandante da Polícia Militar, Jooziel Freire, afirmou que a manifestação estava contida. "Neste momento, temos a situação sob controle. Todos os manifestantes estão contidos em espaço determinado", declarou. Segundo o comandante, "no processo de negociação e no uso progressivo da força", os manifestantes foram se dispersando.
Quando nós chegamos aqui, ao nosso último ponto de bloqueio, onde não existia mais possibilidade de progressão da parte deles, aplicamos todos os equipamentos que estão sendo aplicados desde a subida da rodoviária. Aqui, é limite para eles, e eles já compreenderam isso", disse Jooziel Freire.

O protesto teve início no piso inferior da estação rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes seguiram em marcha para o Estádio Nacional Mané Garrincha.

Eles chegaram a derrubar uma proteção de metal colocada pelo Detran para impedir a passagem de carros. Alguns usavam máscaras.

Ao lado da Torre de TV, próximo ao estádio Nacional, os manifestantes foram barrados por um cordão de isolamento da polícia. Eles correram para o gramado a fim de contornar a barreira policial.
Depois, conseguiram se aproximar dos portões do estádio na hora em que foram abertos para a entrada de torcedores. Homens da tropa de choque fizeram nova barreira para impedir a passagem dos manifestantes.

Os manifestantes conseguiram passar por dois cordões da Polícia Militar e outro do Batalhão de Choque, além de várias barreiras físicas. A PM disparou dois tiros de borracha na altura do Eixo Monumental e um terceiro em frente ao estádio.

Depois da abertura dos portões aos torcedores com ingressos, um grupo da Cavalaria da Polícia Militar se posicionou na área de estacionamento, em frente aos acessos do estádio, para impedir a aproximação dos manifestantes.

A torcedora Lúcia Araújo foi para o estádio assistir ao jogo com a família, mas teve dificuldade para entrar na arena porque a polícia ainda não sabia como iria liberar a entrada. "Se eles não derem um jeito, engrosso o coro", disse Lúcia. "Acho a manifestação válida", afirmou.

"Manifestações são permitidas no nosso país, que é um país democrático, desde que não comprometam a segurança da população e o sucesso de grande evento", disse o O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar.

Fonte: Do G1 DF

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