O transporte urbano da grande Maceió é considerado a ‘grande’ prioridade do executivo municipal na discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014. A primeira audiência – que estabelece metas e finalidades para a implantação da Lei Orçamentária Anual – começou a ser discutida nesta segunda-feira, 17, em uma instituição de ensino superior no bairro da Cruz das Almas.
Para a sessão, era esperada uma maior participação popular, mas pelo jeito não surtiu efeito e, como já é de praxe em todas as audiências de discussão da LDO, era de se contar a participação de movimentos, entidades e associações.
O que para o secretário de Planejamento, Manoel Messias, é lamentável. “Os maiores prejudicados são eles (os maceioenses) mesmos, mas infelizmente é uma questão cultural e iremos trabalhar para isso”, enfatizou.
Para Messias, as prioridades da Prefeitura são inúmeras e que essa é a primeira discussão que estabelece regras e prioridades para a LOA. Ele destacou ainda que todas as áreas serão beneficiadas e os recursos discutidos e apontados pela população. “Como é a primeira audiência, esperamos que na segunda e terceira possa haver uma maior quantidade de lideranças comunitárias para nos ajudar”, apelou.
Dentre as prioridades, o secretário apontou que o deslocamento da população é de ‘suma’ prioridade. “Para isso, iremos apresentar medidas que sejam efetivamente apresentadas para o melhoramento da condição de deslocamento no transporte urbano do maceioense”, enfatizou.
O projeto da LDO foi recebido em maio pelo legislativo municipal e, de acordo com o presidente da mesa diretora, Chico Filho (PP), foi vislumbrada a necessidade de realizar, antecipadamente, as audiências. “Como alternativa para não haver nenhum impedimento na apreciação e votação da LOA que ocorrerá no final do ano. Tivemos uma experiência da apreciação da deste ano e já temos uma não tão boa recordação do atraso”, destacou.
Um dos poucos representantes da sociedade organizada presente na audiência, Gildo Santana, destacou ao Alagoas24horas que um dos anseios da população são os meios de transporte alternativo, que para ele, a falta de políticas públicas é uma das grandes causas das ‘longas e intermináveis’ filas de congestionamento em horários de picos.
De acordo com Santana, por não ter ciclovias ou pistas destinadas para as bicicletas é que os maceioenses aderem ao carro. “Já que muitos não preferem andar de ônibus superlotados, com uma passagem cara e que não oferece conforto nenhum”, enfatizou.
Próximas audiência
A segunda audiência está marcada para esta terça-feira (18) na Associação Comercial de Maceió, no bairro do Jaraguá, e, na próxima quinta-feira (20), a terceira e última na CMM, no bairro do Centro, ambas na parte da manhã.