Secretário-geral Jerôme Valcke acredita que governo tomará atitudes quanto à segurança
A Fifa parece não dar a mínima importância para os sucessivos protestos pelo País contra o aumentos das passagens de ônibus e os gastos com a Copa do Mundo. Jerôme Valcke, secretário-geral da entidade, disse nesta segunda-feira (17) em um seminário realizado no Rio de Janeiro, que tudo isso será esquecido se a seleção brasileira conquistar o hexacampeonato.
— Espero que não tenhamos críticas ao final da Copa. Tenho certeza de que não haverá críticas se o Brasil vencer a final. É impressionante como lembram da final de 1950. E como querem apagar aquela final.
No terceiro dia de competição, protestos aconteceram em todas as cidades-sedes antes dos jogos da Copa das Confederações. Manifestantes entraram em confronto com a polícia e dezenas de pessoas foram presas em todo o País. Em Belo Horizonte, palco do jogo desta segunda entre Taiti x Nigéria, professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais foram impedidos de chegar próximo ao Mineirão. Os cerca de 400 manifestantes acabaram barrados por militares da Tropa de Choque da Polícia Militar.
— É um assunto que não tem nada a ver conosco. Tivemos a mesma situação na Turquia [onde será realizado o Mundial sub-20] O que podemos fazer? Organizamos o evento e esperamos que tudo se resolva. Não pedimos mais segurança. É o governo que vai tomar atitudes.
Valcke já coleciona um histórico de polêmicas com o Brasil. Em maio de 2012, o secretário-geral disse que, em meio aos atrasos nos estádios, o País merecia “levar um chute no traseiro”. Mais tarde, diante da repercussão negativa, voltou atrás e afirmou que as obras estavam em “ritmo de cruzeiro”.