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Ataque mata 5 funcionários da ONU na Somália

Três estrangeiros e 2 locais morreram em Mogadíscio. Ataque foi assumido por grupo islamita.

Reuters

Soldado somali no local do ataque a funcionários da ONU nesta quarta-feira (19)

Cinco empregados da ONU – três estrangeiros e dois seguranças somalis – morreram nesta quarta-feira (19), em Mogadíscio, em um violento ataque contra o principal complexo da organização na capital somali, anunciaram fontes das Nações Unidas.

Segundo um empregado local da ONU em Mogadíscio e uma fonte das Nações Unidas em Nairóbi, os três estrangeiros são um empregado da organização e dois empregados externos.

Por ora, suas nacionalidades não são conhecidas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se declarou chocado com as notícias do ataque. "O secretário-geral está ciente do ataque contra as Nações Unidas na Somália e está chocado com isso", declarou seu porta-voz.

O ataque foi realizado por um homem-bomba e vários homens armados, numa ação assumida pelo grupo militante islâmico somali Al Shabaab. Ele terminou depois de quase 90 minutos de combates entre os atacantes e guardas privados da ONU.

O homem-bomba detonou explosivos do lado de fora do portão da base do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), abrindo caminho para atiradores invadirem o local e abrir fogo contra os guardas da segurança, disse à Reuters um alto funcionário da polícia.

Tiros ainda podiam ser ouvidas mais de 30 minutos após a explosão inicial.

Agências da ONU começaram a organizar recentemente seus escritórios e o pessoal internacional na Somália após um período de melhora relativa na segurança.

Forças da União Africana e as tropas do governo expulsaram os rebeldes islâmicos da Al Shabaab da capital costeira há quase dois anos, mas os militantes têm mantido os ataques de guerrilha a partir de bases no interior.