Localidade de Chactún, no leste do país, ficou oculta durante séculos. Região de 22 hectares viveu seu esplendor entre os anos 600 e 900 d.C.
Um grupo internacional de arqueólogos descobriu em Campeche, no leste do México, uma antiga cidade maia que dominou uma vasta região há 1.400 anos, informou nesta terça-feira (18) o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah) do país. Veja o vídeo do achado no YouTube.
A cidade "permaneceu oculta na selva" durante séculos, até ser descoberta há duas semanas por uma equipe que a batizou de Chactún, que significa "Pedra Vermelha" ou "Pedra Grande" no idioma maio, segundo o Inah.
A expedição foi financiada pela National Geographic Society e pelas empresas Villas, da Áustria, e Ars longa, da Eslováquia.
A cidade maia, situada entre as regiões de Rio Bec e Chenes, tem mais de 22 hectares e viveu seu esplendor entre os anos 600 e 900 d.C.
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"É definitivamente um dos maiores sítios das Terras Baixas Centrais" dessa civilização, disse o arqueólogo Ivan Sprajc, do Centro de Pesquisas Científicas da Academia Eslovena de Ciências e Artes, que liderou a expedição.
"São as estelas (pedras verticais destinadas a inscrições ou esculturas) e altares que melhor refletem o esplendor dessa cidade, contemporânea de outros centros maias, como Calakmul, Becán e El Palmar", destacou o Inah.
Inscrições em uma das estelas contam que o governante K’inich B’ahlam "cravou a Pedra Vermelha no ano de 751". O sítio tem numerosas estruturas de tipo piramidal, com até 23 metros de altura, além de dois campos para jogar bola, pátios, praças, monumentos e residências.
A descoberta foi possível graças à análise de fotos aéreas de vestígios arquitetônicos, explicou Sprajc. Segundo o arqueólogo, o achado pode esclarecer a relação entre as regiões de Rio Bec e Chenes, assim como seu vínculo com a dinastia Kaan, estabelecida em Calakmul.