Com gol de Giovinco aos 40 do 2º tempo, italianos superam torcida contra, seguram pressão japonesa e garantem vaga nas semifinais ao lado do Brasil.
A torcida na Arena Pernambuco adotou o Japão para apoiar no jogo contra a Itália. Gritou “Japão”, “Olé” e nome de Kagawa. Não foi o suficiente para empurrar a equipe asiática para a vitória, mas dificilmente algum pernambucano saiu decepcionado do estádio na noite desta quarta-feira. Na melhor partida da Copa das Confederações até o momento, Giovinco fez o gol da vitória italiana por 4 a 3 aos 40 minutos do segundo tempo, garantindo a classificação de sua equipe e da seleção brasileira para as semifinais da competição.
Honda e Kagawa abriram 2 a 0 para o Japão. De Rossi, no fim do primeiro tempo, Uchida (contra) e Balotelli, de pênalti, viraram para Itália no início da segunda etapa. Okazaki fez o terceiro do Japão, antes de Giovinco decidir a partida aos 40 do segundo tempo.
Empatados com seis pontos, Itália e Brasil decidem o primeiro lugar do Grupo A no sábado, às 16h, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Com saldo melhor (quatro contra dois), a seleção brasileira tem a vantagem do empate para tentar escapar da Espanha (provável líder do Grupo B) na semifinal. Também no sábado, às 16h, os eliminados Japão e México se despedem da competição no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
Japão domina, torcida grita "Olé", e Itália acorda no fim
A torcida no Recife era para o Japão. No pouco tempo que tinha posse de bola, a Itália era vaiada, enquanto até carrinho japonês era aplaudido. E o apoio foi retrbuído. Os asiáticos partiram para cima desde o início e deram trabalho a Buffon com uma cabeçada com Maeda livre na área, mas que chegou tranquila para o goleiro italiano.
A vontade japonesa foi recompensada ao 20 munutos. De Sciglio recuou mal para Buffon, o goleiro saiu de carrinho e acabou atingindo Okazaki fazendo pênalti. Na cobrança, Honda bateu forte no canto para abrir o placar. Com a Itália totalmente envolvida, Cesare Prandelli fez uma substituição logo aos 30, colocando o atacante Giovinco no lugar do meio-campo Aquilani. Mas, dois minutos depois, o Japão ampliou quando Chiellini e Montolivo vacilaram na área, e Kagawa girou para chutar de voleio no canto.
Os gritos de “Olé” no toque de bola japonês pareceram acordar a Itália. No escanteio cobrado por Pirlo, De Rossi ganhou no alto e diminuiu aos 40 minutos. Os italianos passaram a pressionar e quase conseguiram a virada, quando Giaccherini acertou a trave adversária já nos acréscimos.
Emoção do início ao fim e Inacreditável F.C.
O Japão tentou voltar a comandar o jogo na volta do segundo tempo, mas bastaram sete minutos para a história da partida mudar. Primeiro, Yoshida errou, e Giaccherini fez o cruzamento rasteiro para Balotelli. Uchida tentou cortar, mas acabou fazendo o gol contra aos 4. Um minuto depois, o árbitro marcou pênalti duvidoso quando a bola bateu no braço de Hasebe dentro da área. Balotelli cobrou bem e, aos 7, virou o duelo.
A torcida seguiu apoiando a seleção asiática, e a resposta veio aos 23 minutos. Endo cobrou falta para a área, Okazaki se adiantou à marcação e cabeceou para empatar o duelo mais uma vez. O gol deu gás para o Japão, que passou a criar grandes chances, inclusive uma digna de “Inacreditável Futebol Clube”, com o próprio Okazaki. O atacante acertou a trave duas vezes no mesmo lance, com direito a uma cabeçada com o gol vazio.
O castigo pelos gols perdidos aconteceu aos 40. De Rossi deu belo passe para Marchisio, à direita da área japonesa, e o meia cruzou rasteiro para Giovinco, livre na área, apenas empurrar para o gol aberto e fazer 4 a 3.