Declaração de Bernanke, sobre programa de estímulo, agita mercados. Na véspera, dólar subiu quase 2% e fechou a R$ 2,2205.
Depois do quarto dia seguido de valorização, e de alcançar nova máxima em mais de quatro anos na véspera, o dólar comercial dá continuidade à escalada ante o real nesta quinta-feira (20), após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, indicar que pode começar a reduzir o seu estímulo monetário ainda neste ano.
Perto das 9h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 0,52%, a R$ 2,2320 para a venda. Veja cotação
Operadores aguardavam agora atuações do Banco Central brasileiro para segurar o movimento, depois que a autoridade monetária ficou de fora na sessão anterior, quando o dólar saltou quase 2% e fechou acima de R$ 2,22.
Moedas globais eram fortemente atingidas nesta sessão depois que o presidente do Fed, Ben Bernanke, também disse na quarta-feira que o programa de estímulo pode ser encerrado em meados de 2014.
Em relação a uma cesta de moedas, o dólar subia 0,61%, enquanto o euro caía 0,67% frente à moeda norte-americana e o dólar australiano caía 0,81%. Na América Latina, o dólar avançava 0,42% ante o peso mexicano.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 1,94% e fechou cotada a R$ 2,2205 para a venda – alcançando o maior valor desde abril de 2009, quando ficou em R$ 2,221. Também foi a maior alta diária desde dezembro de 2011.
Na semana, até o último fechamento, o dólar acumula alta de 3,37% e, no mês, de 3,65%. No ano, a valorização da moeda chega a 8,6%.