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O desembargador Tutmés Airan, no exercício da presidência do Tribunal de Justiça (TJ/AL), assinou convênio de cooperação, na manhã desta sexta-feira (21), com representantes do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região (CREF12/PE-AL), para que sejam tomadas medidas protetivas, com fiscalização em academias do estado, para identificar irregularidades, assim como o uso de esteroides e anabolizantes.
De acordo com o desembargador Tutmés Airan, o Judiciário atua através da Vara da Infância e Juventude. “O objetivo é conter a evasão escolar, porque muitos jovens deixam de ir para a escola e vão para academia, assim como coibir o uso de anabolizantes, que tem viciado pessoas e conduzido à morte”, destacou.
As academias devem apresentar o controle da permanência de crianças e adolescentes em suas dependências, com declaração de autorização dos pais, para evitar que jovens estejam nestes estabelecimentos, no horário escolar. Também devem ter um mapeamento de todos os alunos, classificando-os por faixa etária.
A presidente do CREF12/PE-AL, Nadja Harrop, destacou que já foi feito o levantamento das academias do estado, mas que é necessária a atuação conjunta com agentes da polícia para que sejam tomadas iniciativas de coibição da atuação de pessoas que não são profissionais.
“O convênio é de grande valia, porque já diagnosticamos um grande número de evasão escolar e que crianças e adolescentes frequentam essas academias. Agora tomaremos iniciativas com desdobramentos e ações favoráveis à sociedade”, comentou Nadja Harrop.
O presidente da seccional do Conselho em Alagoas, Stanley Magalhães, apresentou as medidas de verificação das unidades no estado.“Nós recebemos as denúncias e encaminhamos aos órgãos competentes. Temos ação conjunta com a Polícia Militar e precisamos esperar todo um processo porque não podemos invadir as academia”, salientou Stanley.
Os maiores problemas são identificados nas academias onde não existem profissionais capacitados e que não são registrados no Conselho. Em muitos casos, quando há o uso de drogas, a Polícia Federal (PF) também pode intervir na proibição do funcionamento do estabelecimento, assim como na prisão dos envolvidos.