Após ato no Pará, gari infarta e morre

G1 ParáGari trabalhava na limpeza do protesto realizado

Gari trabalhava na limpeza do protesto realizado

A prefeitura de Belém confirmou a morte da gari Cleonice Vieira, de 51 anos, que trabalhava varrendo as ruas da feira do Ver-o-Peso durante o protesto desta quinta-feira (20). Segundo informações do secretário de saneamento do município, Luiz Otávio Mota Pereira, a funcionária da Sesan sofreu duas paradas cardíacas e faleceu no Pronto Socorro do Guamá.
"A informação que nos foi repassada pelo diretor do PSM do Guamá, o doutor Dionísio Monteiro, é que ela pode ter sofrido um infarto fulminante. Ela fazia a varrição da praça próximo da prefeitura, junto com outros garis. Eles estavam escalados para trabalhar e chegaram até a ser afastados do meio do protesto", disse.
O secretário informou ainda que a morte pode ter sido provocada pelo susto com o tumulto na manifestação. "Em um determinado momento da manifestação que teve tumulto, ela se assustou e caiu. Apesar da queda, o doutor Dionísio, descarta possibilidade de traumatismo. Ele informou que ela era hipertensa, e teve a assistência imediata do Samu, que a levou para o PSM do Guamá. Todos os procedimentos para reanimá-la foram feitos, mas infelizmente ela veio a óbito", declarou.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a gari Cleonice Vieira de Moraes foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), no Ver-o-Peso, vítima de desmaio após a explosão de uma bomba durante as manifestações populares em Belém na noite desta quinta-feira.
Ainda de acordo com a Sesma, a paciente, que era hipertensa, sofreu parada cardíaca, foi reanimada pelos paramédicos e conduzida ao HPSM Humberto Maradei (Guamá). Já no hospital, Cleonice sofreu nova parada cardíaca e, após reanimação, precisou ser entubada. A paciente ficou sob cuidados durante toda a noite, mas morreu às 7h desta sexta-feira.
A Sesan informou que lamenta a morte de Cleonice Moraes e informar que dará todo o apoio à família da vítima. A Prefeitura de Belém reconhece a manifestação como ato democrático, mas repudia qualquer ato de violência.
Em nome da Prefeitura de Belém, no final da manhã desta sexta-feira (21) o secretário municipal de Saneamento, Luiz Otávio Mota, falou em sobre a morte da funcionária Cleonice Vieira de Moraes, 51 anos. Ela, que trabalhava como gari há cerca de um ano, fazia varrição da área do Ver-o-Peso quando foi surpreendida pela manifestação popular que percorreu o centro da cidade até o Palácio Antônio Lemos.
A funcionária teria se assustado com uma bomba durante o protesto, caiu e desmaiou. Ela chegou a ser socorrida por uma equipe do Samu 192, vítima de parada cardíaca, e levada ao Hospital Humberto Maradei. De acordo com o diretor do pronto socorro, Dionísio Monteiro, a paciente sofreu outras quatro paradas cardíacas. Vários procedimentos foram realizados para estabilizar a vítima, mas ela não resistiu e morreu na manhã desta sexta (21).
Luiz Otávio Mota lamentou a morte da funcionária e informou que toda a assistência será dada pelo município à família da vítima. O secretário classificou o ocorrido como uma fatalidade, motivada por uma minoria exaltada que se recusou ao diálogo e promoveu arruaça e depredação do patrimônio público durante a manifestação.
O titular da Sesan explicou que o ponto de encontro diário dos trabalhadores de limpeza urbana é próximo ao Palácio Antônio Lemos, de onde as equipes são distribuídas. Luiz Otávio informou que todos os funcionários foram dispensados e orientados a deixar o local imediatamente, após a constatação de que a mobilização inviabilizaria os serviços de varrição.
Entenda o caso
Cerca de 15 mil pessoas marcharam da Praça Santuário até a prefeitura de Belém nesta quinta-feira (20). Os manifestantes exigiam melhorias nos serviços públicos, na mobilidade urbana e gritavam palavras de ordem contra a corrupção, o mau uso do dinheiro público e a favor dos direitos das minorias.
A manifestação foi pacífica até chegar no prédio da administração municipal, quando o prefeito Zenaldo Coutinho afirmou que iria receber um grupo de manifestantes. Quando Zenaldo saiu do gabinete para encontrar com a multidão, foi abordado por diversos grupos com pautas de reivindicações distintas. Uma pequena parcela dos manifestantes hostilizou o prefeito e atirou pedras. Um guarda municipal ficou ferido, mas a guarnição foi orientada a entrar no prédio para evitar o confronto.
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Grande parte da multidão se dispersou, mas um pequeno grupo continuou na frente do palácio, que foi atingido com chutes durante uma tentativa de invasão. O protesto foi contido com a chegada do batalhão de choque da PM. Mais de 30 pessoas foram detidas e posteriormente liberadas.
A Prefeitura de Belém informou que reconhece a manifestação como ato democrático, mas repudia qualquer ato de violência.
Este foi o segundo dia de manifestações em Belém. Na última segunda-feira (17) foi realizada uma marcha pela cidade, mas não houve registro de incidentes e depredações.

Fonte: G1 Pará

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